O novo sistema brasileiro de pagamentos, o PIX, mal foi lançado e a promessa de um meio de pagamento gratuito já pode estar comprometida.
Isso porque o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar da criação de um imposto sobre transações digitais que, segundo ele, deve se estender ao PIX.
Na quinta-feira (19), Guedes reafirmou seu interesse de retomar essa discussão após o período eleitoral.
“Não estamos falando porque as eleições estão chegando. As pessoas têm preocupação de o tema ser explorado nas eleições, de falarem ‘ah, o ministro Paulo Guedes quer um imposto sobre transações financeiras, quer a CPMF…'”, disse Guedes.
Muitos especialistas comparam essa eventual a taxação à extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Nova CPMF a vista?
Conforme noticiou a Folha da S. Paulo, Guedes abordou o assunto em uma videoconferência promovida pelo Bradesco.
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Na ocasião, o ministro comparou as possíveis taxas sobre transações digitais aos pedágios cobrados em rodovias.
Nesse sentido, segundo o economista, as operações via PIX deveriam ser sim cobradas. Ele sugeriu alíquotas baixas que poderiam ser de 0,10% ou 0,15%.
Anteriormente, os estudos do Ministério da Economia previam uma alíquota de 0,20% para o novo tributo.
Ainda na reunião, Guedes destacou que o PIX é um mecanismo interessante que possibilita transferências com baixo custo. Em seguida, disse que o governo pode pensar em taxar um pouco o que chamou de “tráfego nessa estrada”.
Imposto não vai aumentar a carga tributária
Comentando o assunto, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, reforçou o discurso do governo de que o imposto não vai aumentar a carga tributária.
Entretanto, como noticiou o Correio Braziliense, o braço direito do ministro não deu detalhes de como isso seria feito na prática:
“Não aumentaremos a carga tributária e qualquer medida que implique em um tributo novo será compensada com redução na largada”, afirmou.
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