Esta semana, uma dura crítica ao Bitcoin, e às criptomoedas em geral, foi publicada pela agência de notícias Fortune, que tornou pública as razões pela qual a Stripe, uma importante provedora de pagamentos digitais e uma das pioneiras na adoção do Bitcoin como forma de pagamento, deixou de aceitar pagamentos em criptomoeda ainda em abril deste ano.
Segundo a COO da companhia, Claire Hughes Johnson, a principal razão pela desistência na aceitação do Bitcoin vem da constatação de que a blockchain que processa suas transações é lenta, tornando os pagamentos do cotidiano impraticáveis devido à latência de tempo entre o pagamento e o recebimento aliada à alta volatilidade do ativo. Segundo Johnson, por vezes, mais de uma transação teve de ser feita para compensar/completar o valor a ser pago devido ao tempo em que o negócio foi fechado e o tempo em que o BTC foi entregue para ser liquidado.
Atualmente, os tempos de liquidação das transações de Bitcoin giram em torno de uma hora, observou. Em dezembro passado, elas demoravam até cinco dias, completou a COO. Às vezes, os comerciantes precisavam fazer uma segunda transação por conta das mudanças nos preços do Bitcoin entre o momento da compra e a liberação.
Além das duras críticas ao BTC, Johnson também questionou o papel principal das criptomoedas como um todo e afirmou que mesmo a blockchain é super-promovida, indicando que há um hype muito grande em torno da tecnologia, que até o momento não foi capaz de demonstrar sua real utilidade frente às tecnologias atuais e centralizadas que estão evoluindo.
Para Johnson, a blockchain pode atingir o mainstream daqui há 10 anos, se permanecer “viva”. Até lá, num tom satírico, ela afirmou que o que irá matar o Bitcoin são os ransomwares, em referência aos inúmeros ataques hackers que vêm sendo feitos ao longo do ano passado e início deste ano.
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