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Magna Fraus

PF prende suspeitos de fraudar Pix e realizar lavagem de dinheiro com criptomoedas

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A Polícia Federal deflagrou na quinta-feira (30) a segunda fase da Operação Magna Fraus, cumprindo 68 mandados judiciais em nove estados brasileiros e quatro países para investigar um esquema de fraude que resultou no desvio de R$ 813 milhões do sistema de pagamentos Pix com lavagem de dinheiro com criptomoedas. A ação conta com a colaboração do Ministério Público de São Paulo e apoio da Interpol.

Os agentes cumpriram 42 mandados de busca e apreensão e 26 mandados de prisão – sendo 19 preventivas e 7 temporárias – nas cidades de Goiânia (GO), Brasília (DF), Itajaí (SC), Balneário Camboriú (SC), São Paulo (SP), Praia Grande (SP), Belo Horizonte (MG), Betim (MG), Uberlândia (MG), João Pessoa (PB) e Camaçari (BA). Internacionalmente, as ações se estendem para a Espanha, Argentina e Portugal através de cooperação policial internacional.

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Esquema realizada lavagem de dinheiro com criptomoedas

De acordo com as investigações da PF, o grupo criminoso especializou-se no uso de técnicas avançadas de negociação com criptomoedas para ocultar e dissimular a origem dos valores ilícitos. Os investigados atuavam na conversão dos recursos desviados para criptomoedas, método que dificultava o rastreamento pelas autoridades. Ou seja, realizavam lavagem de dinheiro com criptomoedas.

A primeira fase da operação, realizada em julho, já havia resultado na apreensão de criptoativos equivalentes a R$ 5,5 milhões. Desde o início das investigações, o bloqueio de contas e outros ativos totaliza R$ 32 milhões. A segunda fase busca aprofundar as investigações sobre a estrutura completa da organização criminosa.

Os investigados respondem pelos crimes de invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude eletrônica, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A operação Magna Fraus continua em andamento, com novas diligências e análises técnicas sendo realizadas pelas autoridades policiais e ministeriais.

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Ataque à empresa do sistema financeiro

O esquema teve origem em um ataque hacker à C&M Software. A empresa, autorizada e supervisionada pelo Banco Central, prestava serviços para instituições financeiras junto ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), incluindo o ambiente de liquidação do Pix.

As investigações apuraram que um operador de TI da empresa vendeu suas credenciais de acesso ao sistema para o grupo criminoso por R$ 15 mil. Ele foi preso em julho pela Polícia Civil de São Paulo e confessou o crime. O acesso permitiu a invasão que comprometeu contas reserva de seis instituições financeiras mantidas no Banco Central.

De acordo com a BMP, uma das instituições afetadas, o ataque envolveu exclusivamente recursos depositados em contas reserva no Banco Central, utilizadas para liquidação interbancária. A instituição destacou que “nenhum cliente da BMP foi impactado ou teve seus recursos acessados”, acrescentando que conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado.

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Imediatamente após a detecção do ataque, o Banco Central determinou a desconexão da C&M Software do ambiente do sistema de pagamentos. Em nota, a empresa informou que foi vítima de “ação criminosa com uso de credenciais”.

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