Em uma operação conjunta com agências dos Estados Unidos, a Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira (26) 11 mandados contra um grupo que fraudou US$ 2,6 milhões em criptomoedas de uma plataforma estadunidense. A ação, batizada de “Decrypted”, investigou suspeitos com atuação no Maranhão por crimes de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
As investigações, que se estenderam por um ano, tiveram início a partir de informações repassadas pelo escritório da El Dorado Task Force da Homeland Security Investigations (HSI), a agência de investigação de segurança nacional dos EUA. A cooperação internacional foi crucial para rastrear o desvio de valores de carteiras virtuais de uma plataforma digital sediada nos Estados Unidos.
Os investigadores identificaram que o grupo criminoso, com integrantes baseados principalmente no Maranhão, acessava ilegalmente as carteiras de criptoativos. Em seguida, lavava o dinheiro por meio de movimentações financeiras irregulares. De acordo com a PF, os investigados recebiam valores elevados de provedoras de serviços de ativos virtuais (PSAVs) sem qualquer justificativa comercial ou de negócios, o que caracteriza a lavagem de capitais.
Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão nas cidades de Imperatriz (MA), João Lisboa (MA), Palmas (TO) e Goiânia (GO). Também determinaram o sequestro de bens dos alvos. Entre os itens apreendidos, de acordo com imagens da PF, estão diversos celulares, modens de internet via satélite, maquininhas de cartão, uma caminhonete, duas armas e relógios de luxo.
Fraude com criptomoedas
A Polícia Federal tem intensificado suas operações para combater crimes envolvendo criptomoedas no Brasil. Com a valorização do mercado cripto, criminosos têm aproveitado para aplicar golpes contra investidores.
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Além disso, as características de anonimato e privacidade desses ativos digitais os tornam instrumentos frequentes para lavagem de dinheiro em diversos países, incluindo o Brasil.
Nesse sentido, a atuação da Polícia Federal mostra-se crucial não apenas para reprimir diretamente essas organizações criminosas, mas também para proteger o mercado financeiro e garantir maior segurança para investidores e instituições.