A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (30) a Operação Backyard, com o objetivo de desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro que utilizava criptomoedas para enviar grandes somas a plataformas estrangeiras, principalmente de apostas esportivas.
De acordo com as investigações, o grupo movimentou aproximadamente R$ 1,6 bilhão em menos de três anos. Nessas movimentações, os investigados teriam utilizado exchanges de criptmoedas e instituições financeiras para dificultar o rastreamento das transações.
Conforme informou a PF, a operação em questão envolveu o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes, em Santa Catarina, e em Olinda, Pernambuco. Além disso, a Justiça determinou bloqueio de bens e valores totalizando R$ 70 milhões, incluindo contas vinculadas a exchanges de criptoativos. A PF não revelou os nomes das exchanges envolvidas.
PF deflagra ação para combater lavagem de dinheiro com criptomoedas
De acordo com uma nota da PF, publicada nesta quarta-feira (30), o grupo atuava com empresas de fachada no setor de serviços de pagamento. O grupo usava essas companhias para ocultar operações financeiras ligadas a plataformas de apostas esportivas não autorizadas e fraudes online.
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Em seguida, eles enviavam os recursos para o exterior por meio de criptomoedas. Segundo os nvestigadores, a prática em questão configura crime de evasão de divisas. Além disso, há indícios de lavagem de dinheiro para terceiros, incluindo agentes públicos e suspeitos de tráfico de drogas.
“As investigações demonstraram que, em que pese a altíssima movimentação financeira desse grupo, boa parcela das empresas não mantém qualquer indicativo de efetivo funcionamento. As suspeitas indicam que a maior parte das empresas identificadas em nome dos integrantes do grupo são empresas de fachada ou holdings, que buscam blindar o patrimônio angariado com as atividades desenvolvidas”, informou a PF.
Recentemente, o grupo teria expandido suas atividades para outros países da América Latina e Portugal, com a abertura de escritórios no exterior.