A Polícia Federal (PF) apreendeu na última terça-feira (16) R$ 3 milhões em criptomoedas de um dos suspeitos de hackear o ConecteSUS em 2021.
A apreensão ocorreu no âmbito da Operação Dark Cloud, deflagrada a fim de apreender elementos que contribuam para as investigações sobre os ataques cibernéticos contra órgãos do Poder Executivo Federal.
Conforme informou a PF em nota, descobriu-se que uma organização criminosa que atua em vários países executou tais ataques. O grupo, segundo a PF, tem foco na prática de crimes desse tipo e visa entidades públicas e privadas de países como Brasil, EUA, Portugal e Colômbia.
Ação Dark Cloud visa hackers
Na ação, os agentes da PF cumpriram, no total, oito mandados de busca e apreensão. Os alvos foram os estados da Paraíba, de Minas Gerais, do Paraná e de Santa Catarina.
Mas o principal alvo da operação foi um suspeito que vive Paraíba. Ele teve a sua residência alvo de busca e apreensão e foi onde a PF apreendeu as moedas digitais. Além disso, a PF descobriu que ele possui um imóvel rural cujo valor foi avaliado em R$ 2 milhões.
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O inquérito que investiga o caso foi instaurado no dia 10 de dezembro de 2021. Na data, a PF descobriu que o ambiente em nuvem do Ministério da Saúde havia sido alvo de um ataque hacker.
De acordo com a PF, neste ataque, os hackers deletaram arquivos, dados e instâncias da pasta. Além disso, eles comprometeram o site do ConecteSUS, que é responsável pelo Certificado Nacional de Vacinação.
Na época, os usuários que acessavam o site se depararam com uma mensagem dizendo que os dados do sistema haviam sido excluídos e estavam nas mãos do grupo de invasores.
“Nos contate caso queiram o retorno dos dados”, dizia a mensagem.
Grupo de hackers atacou outros órgãos e empresas
Além destes ataques, o grupo de hackers conseguiu acesso ao ambiente virtual de diversos órgãos. Isso inclui, por exemplo, a Controladoria Geral da União (CGU), o Ministério da Economia, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), entre vários outros órgãos.
Além desses, o grupo também estaria por trás de ataques à Localiza Rent a Car e à Sociedade Independente de Comunicação. Ademais, o grupo invadiu um canal de TV privado em Portugal e a empresa dos EUA Electronic Arts.
Conforme informou a PF, o grupo pode responder pelos crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento. Além disso, há crimes de corrupção de menores e de lavagem de capitais.
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