Após muitas polêmicas a respeito da criptomoeda da Venezuela, o Petro (PTR), parece que ela finalmente será lançada de fato ao público.
De acordo com o site Bitcoin.com, os venezuelanos já podem adquirir o PTR. A aquisição está sendo feita através da Superintendência Nacional de Criptoativos (Sunacrip), órgão do governo responsável por regulamentar e fiscalizar os criptoativos no país.
A matéria também afirma que já existe um explorador de blocos ativo, algo que faltava ao PTR – e que motivou boa parte das desconfianças a respeito da viabilidade do projeto. No entanto, a interface do mesmo é extremamente complicada, embora a Sunacrip tenha afirmado que um explorador de blocos totalmente funcional será lançado em 30 de abril.
A Sunacrip também autorizou que exchanges comecem a negociar o PTR. Algumas das exchanges autorizadas são: Cryptoexca.io, Afx.trade, Amberes, Bancarexchange.io, Cryptiaexchange.com e Criptolago.com.ve.
A taxa de câmbio do PTR varia de acordo com a exchange, mas um PTR pode custar cerca de US$30-40 (0,00555-0,007411 BTC) e a criptomoeda também está sendo cotada em pares de vários outros criptoativos além do Bitcoin.
Além das exchanges, vários grupos de negociação em mercados de balcão (OTC) formaram-se, nos quais as pessoas podem comprar e vender PTR peer to peer. A maioria desses grupos utiliza o aplicativo de mensagens Telegram para se comunicar e fechar as negociações.
Um desses grupos é o Petro Exchange, que conta com cerca de 321 membros. O objetivo do grupo é “permitir que as pessoas comprem e vendam PTR usando qualquer criptomoeda, além da comercialização de qualquer produto ou serviço usando PTR como forma de pagamento”. Para interagir com um vendedor, os compradores precisam enviar a eles “documentos de identidade, além de uma selfie com o documento em mãos e um papel manuscrito com a data e a hora, todos totalmente legíveis”.
No passado, o governo venezuelano permitiu que criptoativos como BTC e LTC fossem usados para pagamentos para aquisição de PTR. A Sunacrip até criou uma plataforma de remessa de criptoativos sancionada pelo estado que suporta Bitcoin, Litecoin e outros. Tudo para aumentar o uso da criptomoeda em um país onde a hiperinflação da moeda oficial, o bolívar, já supera os estonteantes 20 milhões por cento!
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