Conforme noticiou o CriptoFácil recentemente, o governo dos Estados Unidos pode vender mais de 69.000 Bitcoins (BTC) apreendidos do famoso site Silk Road. Mas quem poderia comprar esses BTC no mercado? De acordo com o renomado economista e cético declarado do Bitcoin Peter Schiff, um homem pode fazer isso: Michael Saylor.
Na quarta-feira (09), Schiff utilizou sua conta no X para “sugerir” que Saylor, fundador da MicroStrategy, pode comprar esses BTC e adicioná-los ao caixa da empresa. Com base na cotação atual da criptomoeda, o montante corresponde a US$ 4,3 bilhões.
Sua publicação gerou respostas animadas de apoiadores e críticos do Bitcoin, reacendendo debates sobre o valor do BTC. A MicroStrategy já fez operações de dívida no passado para aumentar seu caixa de Bitcoin, mas nunca em uma soma tão vultosa.
Schiff desafia Saylor a comprar BTC
O tuíte de Schiff segue uma decisão da Suprema Corte que abriu caminho para o governo dos EUA vender os Bitcoins apreendido do extinto Silk Road. Como resultado, o governo anunciou sua intenção de liquidar as moedas, que estavam atreladas a processos judiciais.
Cofundador da Echelon Wealth conhecido por sua preferência pelo ouro (e pelas críticas fortes ao BTC), Schiff pareceu sugerir sarcasticamente que o CEO da MicroStrategy, Michael Saylor, deveria tomar emprestado US$ 4,3 bilhões para comprar Bitcoin.
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“De vez em quando, o governo faz algo inteligente”, afirmou Schiff ao compartilhar a decisão dos EUA de vender BTC.
Desde 2020, Saylor liderou a MicroStrategy em sua iniciativa de adquirir bilhões em BTC, um movimento que Schiff criticou como sendo uma aposta arriscada. Em 20 de setembro, a empresa levantou mais de US$ 1 bilhão e usou parte dos lucros para comprar 7.420 BTC.
Essa compra elevou o total do caixa da MicroStrategy para 252.220 BTC, atualmente avaliadas em cerca de US$ 16 bilhões.
O comentário de Schiff atraiu respostas de ambos os lados do debate sobre o Bitcoin, com defensores da criptomoeda rápidos em contestar suas observações. Um deles, Henry Scavacini, destacou as seis principais propriedades do Bitcoin: durabilidade, portabilidade, divisibilidade, fungibilidade, escassez e aceitabilidade.
Eles também apontaram uma sétima: imutabilidade, que é exclusiva dos ativos baseados em blockchain. Isso gerou mais discussão, com outros se juntando para defender a posição do Bitcoin como “dinheiro forte”.
Ouro vs Bitcoin
A valorização do Bitcoin desde que Schiff deu início às suas críticas não mudou sua postura. Ele permaneceu firme em sua posição, afirmando: “Está faltando a [propriedade] mais importante. Valor real.”
Sua rejeição ao valor do Bitcoin levou a mais resistência, com usuários como Tommy Carver lembrando-o de que o consenso do mercado atualmente dá um valor real ao Bitcoin: cerca de US$ 60.000. Outro usuário acrescentou que o valor é subjetivo e determinado pela utilidade de um ativo para aqueles que o detêm.
Esta troca de argumentos entre Schiff e os apoiadores do Bitcoin destaca a divisão ideológica de longa data entre os defensores do ouro e os maximalistas do Bitcoin. No entanto, ambos também concordam em vários pontos, como do mal que as moedas fiduciárias representam.
Schiff criticou repetidamente o Bitcoin, argumentando que ele não tem o valor tangível do ouro. Recentemente, ele disse que uma obsessão com o Bitcoin estava fazendo os investidores perderem o desempenho recorde do ouro, que de fato atingiu suas máximas históricas em 2024.