Durante um acalorado e dividido debate eleitoral, que tem exaltado os ânimos dos candidatos e apoiadores há pouco mais de 1o dias da eleição do primeiro turno, uma proposta, feita por um dos membros da equipe econômica de um dos candidatos ao pleito federal, jogou luz sobre uma antiga discussão econômica nacional, a CPMF, ou, com ficou conhecido, o Imposto do Cheque.
No entanto, apesar dos debates e dos argumentos, economistas de diferentes correntes destacam que a nova equipe econômica verá um grande desafio pela frente, tendo que implementar uma ampla reforma fiscal que também terá que debater a previdência. Porém, segundo José Roberto Afonso, renomado especialista em finanças públicas, conforme publicado pelo jornal Valor Econômico, “nem kamikaze japonês seria tão preciso no suicídio” caso o novo governo decida reviver impostos que já não são mais aplicados.
Afonso argumenta que a sociedade esta à beira de uma revolução digital capitaneada pelo Bitcoin e pelas criptomeodas, que serão responsáveis por mudar o mundo inteiro.
“Com inflação muito reduzida e produto em recessão, repetir a alíquota de 0,38% praticada no passado provocaria uma profunda desintermediação bancária? Porque pensar em ressuscitar uma tributação às portas de uma revolução digital, do bitcoin ao blockchain, que vai virar o sistema financeiro do mundo inteiro de cabeça para baixo?”, questiona o economista.
Segundo o Valor, Afonso considera o debate surreal. E avalia que uma saída mais fácil do “MMA intelectual”, que se observa atualmente, é culpar a política fiscal por todos males do que voltar aos modelos de consistência macroeconômica, que resultem em propostas coordenadas das diferentes políticas que regulam a economia.