O pesquisador e especialista em cibersegurança Everton Melo realizou uma profunda avaliação do projeto Libra do Facebook e, entre outras coisas, identificou que o projeto já foi desenvolvido e publicado em uma versão de testes em 2018.
Segundo Melo, conforme o parâmetro do pacote sobre a rede do projeto, nos requisitos mínimos para instalação, constam vários softwares com data para 2018, além disso, na linha de versão, constam os padrões: v 0.1.0, “e ainda usando parâmetros de compilação, consta por extenso como versão o ano de 2018, algo comum na hora de homologar versões, não é inserido ano atual mas a data que o software foi feito e ‘congelado’ para uso posterior”.
Ainda de acordo com o pesquisador, a versão atual publicada e anunciada pelo Facebook não é a única versão disponível do software e há uma “versão de testes” privada que possivelmente pode ser usada para testar “forks” e atualizações antes de serem anunciadas oficialmente.
“Na segunda alteração, foi removida um parâmetro que controla a geração simultânea de blocos, algo que não faz sentido no ambiente distribuído, mas foi removida para possíveis integrações com masternodes e a MOVE no futuro, conforme o commit remove block_inserter.rs. Essa pequena alteração diz que existe um ambiente teste além do que foi publicado no Github. Provavelmente, um Github privado do projeto Libra, pois a partir de agora, dá pra integrar o protótipo que está no Github aos demais a serem criados”, destaca.
Melo reforça que estas e outras questões trazem diversas dúvidas sobre o suposto aspecto “descentralizado” que a rede social busca dar ao projeto ao dizer que quem controlará a rede serão os 100 nós (nodes, no termo em inglês) participantes do projeto.
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