De acordo com uma recente pesquisa, as pessoas mais ricas do mundo estão colocando mais e mais dinheiro nas criptomoedas, apesar de não entenderem muito bem sobre o assunto. Termos como “livro de contas distribuído” e “blockchain” não são especialmente familiares para os ricos. No entanto, o mal entendido generalizado sobre a tecnologia por trás do Bitcoin parece ter pouco ou nenhum efeito sobre a atratividade dos investimentos em criptomoedas.
Em uma pesquisa realizada anualmente com consultores de riqueza e banqueiros privados, cerca de 21% dos entrevistados confirmaram que seus clientes aumentaram os investimentos em criptomoedas no ano passado. A falta de compreensão da tecnologia por trás do Bitcoin é uma das descobertas do mais recente Relatório de Riqueza da Knight Frank, famosa consultora de propriedades de Londres.
“Nós perguntamos a eles da sua compreensão sobre a blockchain e concluímos que ainda há uma enorme quantidade de mal-entendidos sobre o assunto”, disse Nicholas Holf, chefe de pesquisa da Knight Frank, à CNBC, agência de notícias norte-americana, nesta semana. “Embora as pessoas estejam entrando no embalo de investir em criptomoedas, talvez não haja uma compreensão completa do que isso poderia significar para o portfólio de riqueza”, ele observou.
Apesar da criptomoedas, o interesse em investimentos tradicionais, como ações e propriedades, permanece alto e ainda são preferidos pelos ricos, de acordo com a pesquisa. Os especialistas não ficaram surpresos com essa descoberta, já que 2017 foi um bom ano para as ações.
Ao mesmo tempo, a propriedade continua a ser o principal pilar da maioria das carteiras, representando até 50% dos investimentos na região Ásia-Pacífico. 34% dos entrevistados têm intenções confirmadas de investir em imóveis no exterior em 2018. Os EUA e o Reino Unido são os principais mercados, disse Nicholas Holt.
Aumento da exposição aos cripto-ativos
O relatório anual sobre riqueza inclui dados de desempenho de 100 mercados-chave de propriedade de luxo. Ele fornece uma perspectiva global sobre propriedade primária e riqueza, o qual os autores da empresa de consultoria de propriedade reivindicam. O documento também inclui os resultados do Índice de Atitudes e do Índice Global de Cidades da Knight Frank.
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A pesquisa foi realizada no final do ano passado, quando o aumento dos preços nos mercados de criptomoedas catalisou o interesse pela exposição dos criptoativos. O preço do Bitcoin atingiu máximas históricas em 2017, aproximando-se da marca de US$ 20 mil em dezembro.
O interesse em investimentos em criptomoedas varia de acordo com diferentes mercados e períodos. Geralmente, parece muito mais dependente de perspectivas positivas e negativas sobre futuros desenvolvimentos do mercado e riscos regulatórios do que em outros fatores, como o nível de conhecimento e compreensão.
Pesquisas recentes, inclusive em países como os EUA e a Rússia, indicaram maior conscientização sobre o Bitcoin e outras criptomoedas. A compreensão da tecnologia e dos termos relacionados, no entanto, permanecem superficiais.