Um estudo recente da B3 sobre a descoberta da bolsa pelo investidor brasileiro revelou que a população investidora é predominantemente jovem. Ou seja, possui, em média, 32 anos. O perfil não é muito diferente daqueles que também escolhem investir no exterior.
Foi o que descobriu um estudo realizado em colaboração com a empresa Stake, compartilhado com o CriptoFácil.
De acordo com o levantamento, 32% dos investidores nacionais que optam tanto pelo mercado brasileiro como pelo estadunidense têm entre 18 e 24 anos.
Além disso, a pesquisa que o acesso fácil e rápido, feito a partir de um smartphone conectado à internet, descomplicou consideravelmente os investimentos internacionais.
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“A sociedade brasileira viveu décadas longe de educação financeira. A bolsa de valores era mesmo um lugar apenas de especialistas endinheirados. Mas esse cenário mudou, e faz tempo. Agora, mais pessoas, cada vez mais jovens, estão descobrindo a importância de investir seu dinheiro, graças a tecnologia e a democratização dos investimentos no país nos últimos anos”, avaliou Rodrigo Lima, Analista de investimentos e Editor de conteúdo da Stake.
Jovens investidores
Os jovens que agora “brigam” com os dinossauros de WallStreet são os mesmos jovens que investem em criptomoedas, DeFi e que integram grupos de investimento como o WallStreet Beats.
Ainda de acordo com o estudo, os jovens começam a montar sua carteira com valores baixos. Em média, o primeiro investimento é de cerca de R$ 660.
Contudo, a maioria é composta por holders (investidores de longo prazo) e não traders. Assim, eles mantêm suas posições mesmo no auge da volatilidade dos mercados. Isso demonstra uma visão de longo prazo e mais informação sobre o funcionamento da renda variável.
“Um dos fatores que têm potencializado uma maior presença dos jovens na bolsa de valores tem sido o aumento de portais especializados em finanças e de influenciadores que utilizam as redes sociais para falar sobre o mundo dos investimentos. Isso traz maior maturidade e segurança para quem está começando a aprender sobre o assunto agora”, explica Lima.
O estudo revelou também que, apenas no primeiro trimestre deste ano, o saldo líquido dos investimentos dos brasileiros em ações no exterior foi equivalente à metade de todo o ano de 2020.
Conforme informou o Banco Central, US$ 1,57 bilhões foram investidos no exterior pelos brasileiros de janeiro a março deste ano. Em todo o ano de 2020, o valor foi US$ 3,08 bilhões.
“Antigamente, o investidor brasileiro conseguia bons rendimentos sem ter de correr risco. Mas hoje isso não existe mais, é necessário buscar novas alternativas. Observando o comportamento dos mais novos, conseguimos identificar que eles estão mais preocupados com as finanças. Eles falam mais sobre investimentos e estudam para poder garantir sua independência financeira”, reforça o especialista.
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