O investimento em tecnologia tem crescido em todos os setores no Brasil, em especial na indústria financeira, na qual, segundo dados do Gartner, mais de R$19,5 bilhões foram investidos no ano passado e, segundo a Febraban, Federação brasileira de bancos, um dos principais destaques deste investimento é em aplicações que envolvem smartphones, que em 2017, representaram a abertura de 1,6 milhão de novas contas que foram iniciadas via mobile banking.
Os dados da Febraban apontam também que 75% dos bancos consultados afirmam investir em blockchain, um resultado expressivo e que mostra o desenvolvimento e o potencial que a tecnologia vem ganhando no Brasil. Como mostrou o Criptomoedas Fácil, grandes bancos no Brasil já estão trabalhando com a tecnologia, como por exemplo o Santander com uma solução da Ripple para envio de dinheiro para o Reino Unido.
Já o Banco do Brasil, em parceria com o Banrisul, Caixa Econômica Federal, SICOOB e Santander, anunciou um novo serviço digital que fará uso da tecnologia blockchain para a transferência de dados e fundos entre os usuários dos cinco bancos que compõem o grupo. Além disso, o Itaú, em parceria com a BeeTech, também vem desenvolvendo soluções com a Ripple e também uma ferramenta voltada para o controle das margens de transações de derivativos baseada na tecnologia blockchain.
Como mostra a SPS Consultoria, este ano também deve marcar o começo do uso da blockchain para otimizar procedimentos no Bradesco. A intenção do banco é oferecer uma solução baseada na tecnologia que tenha como objetivo baratear processos e beneficiar também os clientes finais e, segundo o superintendente de pesquisa e inovação do banco, Fernando Freitas, uma série de projetos pilotos vêm sendo desenvolvidos em parceria com o R3 com foco nas áreas de câmbio, produtos e meios de pagamento, mas são ainda “bem embrionários”. O objetivo do banco é usar uma solução real baseada na tecnologia já no segundo semestre deste ano.
Outro dado que confirma os números da Febraban sobre os investimentos no setor, vem da própria Federação que tem realizado vários investimentos no setor, com destaque para diversas provas de conceito feitas pela instituição, uma delas intitulada Fingerprin, que usou a plataforma Corda e envolveu os bancos brasileiros Itaú, Bradesco e B3. Outra desenvolvida em Hyperledger, desta vez com a participação de todas as instituições do Grupo de Trabalho da Febraban.
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O Banco Central do Brasil também está investindo no setor utilizando a plataforma do Ethereum para apoiar o Sistema de Transferência de Reservas (STR), um dos componentes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). A solução entraria em cena em caso de falha completa de dois sites hoje existentes. “As regionais poderiam funcionar por sistema alternativo de transferência usando a tecnologia DLT”, explicou Aristides Cavalcante, chefe-adjunto do Departamento de Tecnologia da Informação do Banco Central do Brasil.