A gigante do setor de pagamentos PayPal está procurando um especialista em blockchain para ajudar a identificar casos de uso da tecnologia que possam auxiliar na prevenção de crimes financeiros.
De acordo com uma vaga de emprego publicada no mês passado, a empresa deseja contratar um diretor de estratégia para combate a lavagem de dinheiro (AML) e blockchain. O novo funcionário atuará no escritório da empresa na cidade de Nova York e será responsável por “avaliar os casos de uso de blockchain visando o gerenciamento de riscos de crimes financeiros e supervisionar as atividades de investigação de LBC e as tendências emergentes neste espaço”.
O novo diretor também avaliará os riscos relacionados às empresas do portfólio de blockchain detido pelo PayPal e “liderará reuniões de diligência de parceiros externos relacionadas a oportunidades e potencial blockchain”. O candidato selecionado deverá ser um profissional da área de compliance e que possua pelo menos 10 anos de experiência.
O PayPal já está manifestando interesse em iniciativas de compliance baseadas em blockchain. Em abril passado, a empresa investiu na Cambridge Blockchain, uma startup que usa o livro-razão distribuído para gerenciar dados confidenciais. O PayPal optou por investir no Cambridge Blockchain “porque (a empresa) está aplicando blockchain à identidade digital de uma maneira que acreditamos poder beneficiar empresas de serviços financeiros, incluindo o PayPal”.
O PayPal está pesquisando ativamente a tecnologia blockchain. No ano passado, ganhou uma patente para uma ferramenta que detecta ransomware extorquente de criptografia e atenua seus danos. A empresa também está estudando maneiras de tornar os pagamentos de criptografia mais rápidos.
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A empresa de pagamentos acompanha a indústria de criptoativos de perto há anos. Já em 2014, a empresa liberou a opção para empresas aceitarem o Bitcoin. Em 2016, ela adicionou Wences Casares, CEO da Xapo e um dos primeiros evangelistas do Bitcoin, ao seu conselho de administração. Publicamente, a empresa tem mantido uma postura de “blockchain, não Bitcoin” em relação à tecnologia.
O PayPal foi um dos primeiros membros da Associação Libra, grupo que coordena as atividades ligadas à criptomoeda do Facebook. Porém, decidiu retirar-se da Associação pouco tempo depois.
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