O Paraguai deve seguir o Brasil e implementar em 2020, as diretrizes estabelecidas pela Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI, ou FAFT na sigla em inglês), segundo reportou o portal Coindesk. As medidas estabelecidas pelo grupo multilateral determinam que todas as exchanges e serviços relacionados às criptomoedas do país reportem as transações de seus usuários com a finalidade de evitar crimes como lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.
No caso do Paraguai, segundo a reportagem, será realizada uma espécie de “auditoria” para entender quais são as atividades relacionadas às criptomoedas atuantes no país. Para isso, o Secretário de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Propriedade (SEPRELAD) anunciou uma pesquisa sobre a indústria de criptoativos em todo o país. Todos os provedores de serviços de ativos virtuais (VASPs) do Paraguai foram instruídos a abrirem seus livros ao governo pela primeira vez.
A auditoria em massa deve ajudar o governo paraguaio a entender quais negócios baseados em criptomoedas que atuam no país e abrirá caminho para que as regras do GAFI sejam adotadas.
“Os dados obtidos serão usados para medir o grau de adoção, complexidade e tamanho do mercado de ativos virtuais no Paraguai, com o objetivo de elaborar uma regulamentação que os regule adequadamente e mitigue o risco de uso indevido”, disse o ministro Christian Villanueva.
No Paraguai, uma das principais atividades relacionadas às criptomoedas ocorre em Hernandarias, cidade próxima à fronteira e na qual está instalada grande parte das fazendas de mineração do país. A cidade abriga o braço paraguaio de Itaipu e por isso atrai mineradores em busca de energia barata. Contudo, boa parte dos Bitcoins minerados são “enviados” para o Brasil, tendo em vista que a maioria dos mineradores no local são brasileiros.
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O Brasil foi um dos primeiros países a adotar as normas do GAFI com a Instrução Normativa 1888 da Receita Federal. Como noticiou com exclusividade o CriptoFácil, as normas começaram a ser estabelecidas em 2018 durante as reuniões do G20.
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