Não é algo recente a inserção de novos itens na lista de ‘desejos‘ das crianças e dos ‘pré-adolescentes‘ para comemorar o dia 12 de outubro no Brasil (dia das crianças): Xbox, Playstation, iPhone, Galaxy, Notebook, iPad, GTA, itens no League of Legends, jogos e itens eletrônicos que antes eram ‘coisas de adulto‘ passaram a integrar o dia-a-dia dos mais pequenos. Isso não quer dizer que a famosa dupla ‘carrinho e boneca‘ já era, afinal, eles ainda dominam as lojas e se reinventam ano após ano. No entanto, é inegável que os produtos eletrônicos marcaram território e não parecem ceder nada do espaço que já conquistado.
Lentamente, porém com força, um novo nome começa a ocupar as mentes dos jovens: Bitcoin. A moeda digital mais famosa e referência do mercado também tem apreciadores entre as crianças. Impulsionados pela comunidade de e-sports, redes sociais e youtubers, os pequenos cada vez mais tem mostrado interesse e mesmo feito fortunas com a moeda.
Um dos casos mais conhecidos é o de Erik Finman, que em 2011 aos 12 anos, começou a investir em Bitcoins. Na época, Erik havia escutado seu irmão falar sobre uma certa moeda digital que valia como ‘dinheiro real‘. Para iniciar no mundo cripto, seu irmão lhe enviou 0.2 btc. Erick então resolveu procurar o que era e pegou os US$ 1.000 que havia ganhado da sua avó como presente na Páscoa e investiu na moeda. Antes disso, Erick havia feito uma aposta com seus pais, ambos PhDs em Ciências na Universidade de Stanford, que, caso conseguisse formar seu primeiro Milhão antes dos 18 anos, ele poderia não cursar a universidade, pois, segundo ele, a tecnologia e a internet mostravam que o modo de ensino em ‘blocos’ (matérias obrigatórias) estava defasado no mundo atual ‘on-demand’.
Depois de ganhar a aposta, Erick se mudou para o Vale do Silício, criou uma empresa de educação online, investiu em outras criptos como Ethereum, até que ele vendeu sua empresa de educação, Botangle, por cerca de 300 bitcoins em 2015, na época, o Bitcoin era negociado a cerca de US$ 200 – o que significa que o pagamento foi cerca de US$ 60.000. Hoje esses mesmos 300 bitcoins valem mais de US$ 1 milhão. Finman possui hoje mais de 400 btc e em vez de se matricular na universidade, o adolescente diz que vai se concentrar em outros projetos, como ajudar a desenvolver um satélite no programa Elana da NASA e continuar investindo em criptomoedas.
Outro nótorio ‘teen criptomilionarie‘ é o proprio Vitalik Buterin, que teve seu primeiro contato com Bitcoin aos 17 anos e depois, em 2013, criou nada mais que a Ethereum, a segunda criptomoeda em valor de mercado hoje e que revolucionou o mundo cripto com seus ‘Smart Contracts’.
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Pais e mães antenados, pensando no futuro de seus pequenos, também já estão incentivado seus filhos a entrarem no mundo das criptomoedas. Até mesmo na comunidade brasileira no facebook “Bitcoin Brasil“, temos diversos exemplos de pais que já pagam a mesada parcialmente em criptomoedas ou que fazem uma poupança em Bitcoin para os filhos recém-nascidos.
Seja como poupança ou modo de educação impulsionado pelos pais, curiosidade ou mesmo como forma de ‘participar de um grupo’, o Bitcoin está ganhando também o vocabulário e as mentes das crianças e adolescentes e, assim como o que a moeda fez com o sistema financeiro e a blockchain com a descentralização, talvez as brincadeiras do dia das crianças nunca mais sejam as mesmas.