Nesta semana, a Organização Mundial do Comércio (OMC) apresentou um relatório no qual destaca que a tecnologia e a inovação já estão impactando o comércio global, em especial, inovações como internet das coisas, (IoT), impressão 3D, inteligência artificial e blockchain estão criando novos mercados, novos produtos e novos modelos de negócios.
“O Bitcoin está no centro de um debate mundial. É cedo, e mesmo difícil saber que rumos tomará. Dito isso, acho que há um grande potencial relacionado à tecnologia do blockchain, que está por trás da moeda virtual. Uma operação de exportação-importação, por exemplo, envolve muitas etapas e diferentes intermediários. Para isso, uma tecnologia que dê segurança e confiabilidade às transações pode ser de grande utilidade para reduzir custos, simplificar transações e facilitar o acesso ao comércio. Certamente vejo potencial para aplicação dessa tecnologia na área do comércio internacional. O setor privado já tem levantado essa bandeira”, disse ao Jornal O Globo.
No caso do Brasil, o relatório aponta que o comércio exterior poderá ter crescimento adicional de cerca de três pontos percentuais por ano até 2030 caso o país seja eficiente na adoção e implementação destas novas tecnologias, mas, como mostra o jornal Valor Econômico, para se tornar realidade, a expansão, como sempre, depende de “políticas apropriadas complementares”. Traduzindo: estímulos para inovação e liberalização no setor de serviços (que inclui área financeira, logística, telecom, saúde etc.).
Azevêdo destaca também que, até 2030, a cadeia de blocos pode gerar ganhos de até US$3 trilhões em todo o globo e com isso moldar a forma como o comécio internacinal é executado, da mesma forma, aponta ele, inteligência artificial e internet das coisas têm um número enorme de aplicações potenciais. A impressão 3D por exemplo, pode transformar o que se compra.
“Em vez de comprar o produto acabado, vamos estar comprando o código necessário para reproduzi-lo”, observou o brasileiro.