Os milionários seguem interessados nas criptomoedas apesar da baixa que tomou conta no mercado no fim de 2022. De acordo com a organização independente de consultoria financeira e gestão de ativos deVere Group, mais de 80% das pessoas de alto patrimônio líquido entrevistadas num estudo recente perguntaram a seus consultores financeiros sobre a inclusão de criptomoedas em seus portfólios nos últimos 12 meses.
“Em 2022, o mercado de criptomoedas apresentou seu pior desempenho desde 2018. O Bitcoin, por exemplo, o líder do mercado nas manchetes, caiu cerca de 75% durante o ano. As quedas de preço ocorreram quando os investidores reduziram sua exposição a ativos de risco, incluindo as ações e as criptomoedas, devido a maiores preocupações com a inflação e crescimento econômico mais lento”, disse Nigel Green, CEO e fundador do deVere Group.
Milionários de olho nas criptomoedas
Apesar disso, as pessoas de alto patrimônio líquido – entre £ 1 milhão e £ 5 milhões (R$ 6,3 milhões e R$ 31 milhões) em ativos para investir – pensam em adotar cripto:
“No entanto, nesse cenário do chamado ‘inverno cripto’, as pessoas de alto patrimônio líquido buscavam consistentemente conselhos de seus consultores financeiros sobre a inclusão de moedas digitais em seus portfólios”, disse Nigel Green.
Ainda segundo o executivo, o grupo mais conservador não foi dissuadido pelo mercado em baixa e pelas condições adversas. Em vez disso, buscaram começar a incluir ou aumentar sua exposição aos criptoativos.
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“Isso sugere que esses clientes de alto patrimônio líquido estão cada vez mais conscientes das características inerentes de criptomoedas como o Bitcoin, que tem como valores fundamentais ser digital, global, sem fronteiras, descentralizada e inviolável. Os investidores ricos entendem que as moedas digitais são o futuro do dinheiro e, por isso, não querem ficar no passado”, disse ele.
Wall Street chama a atenção para cripto
Nigel Green também pontuou que muitos desses milionários viram um aumento no interesse de investidores institucionais por cripto. Isso inclui, por exemplo, gigantes de Wall Street como Goldman Sachs, JPMorgan, Fidelity, BlackRock e New York Bank Mellon. Essas instituições levam mais capital para os ativos digitais e, ao mesmo tempo, promovem mais influência e confiança no setor.
O CEO da deVere acredita ainda que esse interesse deve se intensificar com o “derretimento” do inverno cripto. O Bitcoin, por exemplo, já valorizou 40,14% este mês de janeiro. E, até o momento, registra o melhor início de ano desde 2013.
“A maior criptomoeda do mundo subiu mais de 40% desde a virada do ano. E isso não passará despercebido pelos clientes milionários e outros que desejam construir riqueza para o futuro”, concluiu.