Pessoal, o vídeo de hoje é mais um para a lista de vídeos sobre Tokens. É um tema tão atual que muita gente me pergunta.
Porém como é um conteúdo muito extenso e técnico, que vou explicar aos poucos como funciona.
Do inglês “non-fungible tokens” (NFTs), os tokens não fungíveis são tokens colecionáveis, ou que carregam características únicas. Para entender isso melhor, vou citar alguns exemplos do mundo real.
Quando algo é fungível, significa que ela é facilmente trocada por algo idêntico. Por exemplo: quando emprestamos uma nota de R$ 50,00 para alguém.
Nós não nos importamos se nos for devolvido uma outra nota de R$ 50,00, certo? Isso não fará nenhuma diferença.
Isso muda completamente quando falamos de algo que é não fungível, ou seja, que carrega atributos ou características que o tornam único.
Existem muitos exemplos de objetos não fungíveis. Para lembrar de um exemplo, basta imaginar qualquer coisa colecionável: selos comemorativos, obras de arte, figurinhas colecionáveis, etc.
Outro exemplo interessante de algo não fungível pode ser uma passagem de avião. A princípio parecem idênticas, mas cada uma tem diferentes atributos como: nome do passageiro, origem, destino, horário de partida, numero de assento, etc.
De volta ao mundo digital, a grande maioria dos criptoativos que conhecemos são claramente fungíveis: Bitcoin, Ethereum, Litecoin, etc.
Foi justamente usando a blockchain do Ethereum, uma plataforma descentralizada que executa contratos inteligentes, que o padrão de token não fungível foi proposto por William Entriken, Dieter Shirley, Jacob Evans e Nastassia Sachs, por meio de uma Proposta de melhoria do Ethereum.
Ela foi aceita em 24 de janeiro de 2018, e do padrão ERC-721 nasceu a mais famosa plataforma de NFTs até o momento, o CryptoKitties.
O CryptoKitties é um dos primeiros jogos blockchain do mundo. Embora o CryptoKitties não seja uma moeda digital, ele oferece a mesma segurança: cada CryptoKitty é único, 100% de sua propriedade, não pode ser replicada, retirada ou destruída.
Outra característica peculiar dos NFTs é que eles também não são divisíveis, diferentemente dos tokens fungíveis, como o próprio Ethereum, que podemos transacionar uma fração dos mesmos.
Pois pela primeira vez, temos produtos digitais com as seguintes características:
1. Único: cada NFT é único e não pode ser substituído, ao contrário dos tokens ERC-20 (o padrão popular usado para token fungíveis no blockchain Ethereum);
2. Escasso: os NFTs podem ser limitadas em números no código para que todos saibam quantos existem e como diferenciá-los;
3. Acessível: os NFTs estão disponíveis publicamente no blockchain e, portanto, acessíveis a todos;
4. Durável: os NFTs existem enquanto o blockchain estiver vivo. Mesmo se os criadores desaparecerem, eles continuarão existindo no blockchain.
Felippe, interessante esse tal de NFT. Mas me conte, já existem projetos em andamento disso?
Sim existem, e vou dar exemplo de três projetos dentro das categorias de Artes e Colecionáveis, Jogos, e Colecionáveis Animados 3D que incorporam a realidade virtual e realidade aumentada.
1. Rarible (RARI): colecionáveis digitais gerados por usuários e marketplace Rarible permitem que usuários criem, de forma fácil, um colecionável digital (sem precisar saber sobre programação) e o vendam em seu mercado.
RARI reúne algumas das tendências DeFi mais interessantes de 2020, em que colecionáveis digitais estão sendo combinados com “yield farming” e “liquidity mining” em que usuários ganham o token de governança RARI por usarem a plataforma.
Desde julho, o preço do token RARI disparou 1.700%.
2. Terra Virtua (TVK): ecossistema de NFTs animados em 2D e 3D Terra Virtua é um ecossistema de colecionáveis digitais. Terra Virtua visa fornecer a seus usuários “uma experiência sensorial aprofundada” ao apresentar colecionáveis digitais em um mundo multiplataformas de realidade virtual e aumentada.
É um conceito parecido com a integração de realidade aumentada em jogos pelo Pokémon Go com o mundo real.
3. Enjin (ENJ): jogos Em 2009, foi lançada a Enjin Network , uma plataforma comunitária de jogos que agora possui mais de 20 milhões de usuários. Em 2017, Enjin começou a criar um conjunto de produtos em blockchain que permitem que usuários gerenciem, explorem, distribuam e integrem criptoativos de forma fácil.
Em vez de usar um padrão ERC-721 para NFT, Witek Radomski, cofundador e diretor de tecnologia da Enjin, desenvolveu o padrão ERC-1155 que irá definir tokens de videogames no blockchain Ethereum.
O token Enjin também alimenta mais de um bilhão de criptoativos. O ERC-1155 não serve apenas para jogos; sua aplicação irá beneficiar inúmeras indústrias, desde a do entretenimento e de finanças ao design industrial, inteligência artificial, imóveis e mais.
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Aviso: O texto apresentado nesta coluna não reflete necessariamente a opinião do CriptoFácil.
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