Diariamente as novidades do mercado de criptoativos – tokens, criptomoedas, NFTs – nos surpreendem e ganham cada vez mais espaço e, sobretudo, popularidade, criando um mercado trilionário, com contribuições de todos os locais do mundo.
No entanto, por mais que tudo isso pareça ser a mesma coisa, é preciso conhecer detalhadamente o que é um token, o que é uma criptomoeda, o que é um NFT para, então, termos um maior direcionamento no momento de fazermos um investimento.
Por conta disso, a redação do Criptofácil criou um guia completo com todos os pormenores que não devem escapar da sua análise no momento de fazer um investimento. E, por conta disso, não poderíamos deixar de falar das diferenças que cercam todos esses criptoativos.
Dessa forma, pretendemos fazer com que você possa dar os seus primeiros passos no mundo dos investimentos em criptoativos com mais segurança e, sobretudo, com maior conhecimento acerca de todo esse universo.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Assim, você saberá exatamente em que, como e quando investir, bem como poderá conhecer de forma mais aprofundada os movimentos do mercado, assegurando que seus investimentos possam alcançar o retorno que você espera ter.
Por se tratar de ativos, em certa medida, novos no mercado, é importante que tenhamos conhecimento a respeito deles e, sobretudo, tenhamos ferramentas para decidirmos quais são aqueles que melhor cabem no nosso bolso, enquanto investidores.
Dessa maneira, é possível tomarmos decisões mais bem-embasadas a respeito das nossas aplicações financeiras, conseguindo, com isso, o retorno mais adequado ao investimento que desejamos fazer.
Como existem diferentes criptomoedas em circulação no mercado e diferentes tipos de tokens, em relação às suas funções no mercado de criptoativos, preparamos para você um estudo mais aprofundado sobre as relações entre cada um desses ativos digitais.
Vamos lá?
Conheça, agora, quais são as diferenças entre todos esses criptoativos!
O que são criptomoedas?
Uma criptomoeda é um nome bastante genérico que serve para designar algumas moedas criadas digitalmente e que sejam, em sua composição, descentralizadas. Isto é, a criptomoeda não é criada por uma instituição, por um sistema bancário ou mesmo por um órgão de Estado.
A blockchain é a rede em que as criptomoedas são criadas. Essa cadeia de dados é responsável por criptografar todas as transações que ocorrem dentro da sua estrutura, o que é considerada, por muitos, como inviolável.
Dessa forma, os dados de quem fez uma transferência ou uma aquisição de criptomoeda, ou mesmo um pagamento utilizando esse criptoativo, são sempre protegidos de forma a assegurar sua total privacidade.
Ao mesmo tempo, no entanto, todas as informações da blockchain são públicas e transparentes, não dependendo de qualquer instituição externa que a regule em seus próprios termos de publicidade do que ocorre em seus blocos.
As criptomoedas são diferentes do dólar ou mesmo do real, que têm um valor de mercado “fixado” de acordo com o que está impresso na própria moeda. Dessa forma, sabemos exatamente que 0,05 centavos sempre irão valer 0,05.
A inflação ou mesmo a deflação podem fazer com que esse valor diminua ou aumente em relação ao seu poder de compra, mas sempre saberemos o quanto esse valor realmente possui no mercado.
As criptomoedas, no entanto, não funcionam desse jeito. Elas só existem na Internet e, novamente, diferente das moedas de um real que circulam no mercado, elas não são cunhadas em qualquer tipo de metal ou papel-moeda.
Como são criadas na blockchain, são muitas as camadas de segurança e de proteção dessas criptomoedas, que têm o seu valor bastante flutuante em relação ao mercado.
Dessa maneira, é sempre necessário acompanhar o mercado, buscando sempre por estudá-lo, compreendendo os momentos de venda ou de compra vantajosos.
Token é o mesmo que criptomoeda?
Não. No entanto, é preciso falar que toda criptomoeda é um token, mas nem todo token é uma criptomoeda. Ficou confuso? Vamos explicar ponto a ponto.
O que diferencia um token de uma criptomoeda é que a criptomoeda é, por si só, um ativo que é nativo de uma blockchain específica. Por exemplo: o Bitcoin, que é a principal criptomoeda do mercado, é um ativo nativo da blockchain Bitcoin.
Um token, por sua vez, é um ativo criado por uma plataforma que é baseada em uma blockchain e tem um propósito ou uma utilidade bastante específica.
Uma criptomoeda é criada dentro de uma blockchain, portanto e isso a diferencia bastante de um token ou mesmo de um NFT.
O processo de criação de uma criptomoeda pode se dar por meio de mineração, enquanto o token é realmente cunhado dentro de uma plataforma que, aí sim, é baseada em blockchain.
Quando uma criptomoeda é minerada, um mecanismo que exige um grande poder de processamento de dados é ativado, validando diferentes dados presentes na blockchain. Esses dados são equações complexas, que buscam ser resolvidos por meio de tentativa e erro.
Quem consegue encontrar a “resposta” para a equação acaba por conseguir criptomoedas. Mas não pense que isso é fácil, porque não é.
Para que seja possível fazer a mineração de criptomoedas os usuários de blockchains investem pesadamente para a criação de polos de mineração, que utilizam equipamentos muito complexos e, sobretudo, muita energia elétrica – o que coloca a mineração em cheque.
Já a criação de um token é um processo muito mais simples do que criar uma blockchain que terá, aí sim, a sua própria criptomoeda.
Os tokens podem ser criados em blockchains como a Ethereum – líder quando se trata desse mecanismo.
Blockchain e Internet
A blockchain é um dos maiores fenômenos da Internet e há muito tempo deixou de ser só mais uma coisa ou um assunto que diz respeito aos nerds, sobretudo porque pessoas do mundo todo passaram a criar renda utilizando a blockchain, através de investimentos em criptoativos.
No entanto, muito mais do que de criptomoedas e de tokens a blockchain vive. E, hoje, por meio da utilização da blockchain, é possível também fazer da Internet e do mundo, como um todo, lugares muito melhores do que já são.
Isso porque, quando se trata da Internet, por mais que existam movimentos do Estado para torná-la um lugar mais “ordenado”, estamos ainda falando de um conjunto de inovações que nós simplesmente não conseguimos acompanhar, que dirá governos e órgãos legisladores.
No entanto, quanto mais a Internet se torna um conglomerado dominado por diferentes empresas voltadas para tecnologia – podemos citar, de antemão, Google e Meta, por exemplo -, mais podemos falar de economia relacionada à utilização da Internet.
Mas em que ponto a blockchain pode se tornar significativa em relação ao uso que fazemos da Internet, como um todo?
Uma das primeiras interferências que a blockchain poderia fazer de forma bastante direta em nossas vidas diz respeito à forma como nós nos comportamos na web, em que crimes de ódio – racismo, homofobia, etarismo e tantas outras formas – se tornaram comuns.
Isso porque, por meio da blockchain, seria possível criar uma espécie de certificado digital para todas as pessoas do mundo, que seriam de acesso público. Feito isso, poderíamos logar em qualquer tipo de ambiente virtual utilizando apenas esse recurso.
Seria como dar adeus aos fakes e prevenir mais ódio e conseguir tornar a Internet um ambiente muito mais seguro – a prova de golpes financeiros, por exemplo, que estão se popularizando cada vez mais.
O que são cripto tokens?
Conforme vimos antes, é possível que uma criptomoeda seja um token, mas um token jamais será uma criptomoeda. Embora muitas pessoas usem esse mesmo conceito para definir os dois, é importante que possamos distingui-los, sobretudo para que saibamos em que investir.
As moedas digitais, as criptomoedas, têm a sua própria blockchain, enquanto os tokens utilizam a blockchain de uma criptomoeda, tal como ocorre no caso da Ethereum, que pode cunhar diferentes tipos de tokens no padrão da sua rede, o ERC-20.
Embora as criptomoedas tenham sido criadas para serem utilizadas também como meios de pagamento, substituindo o dinheiro físico e centralizado, como o real ou o dólar, os tokens são utilizados de forma bastante diferente.
Nesse caso, especificamente, o token é utilizado para validar a transação que ocorre em uma rede, para alimentar diferentes tipos de aplicativos, para criar contratos inteligentes e, até mesmo, para que possamos fazer transações entre diferentes contas de usuários.
O token, dessa forma, pode ser entendido como um bem, mas que é exclusivamente digital. Um token pode adquirir milhões de dólares em valor de mercado se ele for um NFT, por exemplo, que é um token não-fungível.
Eles são criados para que possam ser utilizados dentro de um ecossistema específico para eles, ou, ainda, como bens digitais, como é o caso dos NFTs, conforme exemplificamos antes.
Também existe a possibilidade de fazermos com que um ativo real se torne um ativo virtual por meio de um token. E o valor desse ativo será vinculado ao ativo digital de fato, que poderá ser comercializado digitalmente.
Por conta disso, os tokens têm uma chave, tal qual uma criptomoeda. Essa chave é um registro na blockchain de que aquele ativo realmente existe e será atrelado a um usuário específico, conforme observamos antes, que terá a sua identidade protegida.
O que são tokens de utilidade?
O token de utilidade é um tipo de criptoativo que não é criado para que investidores os comprem esperando por seus rendimentos, tal qual ocorre com as criptomoedas.
Tokens de utilidade, conforme o próprio nome já diz, são criados porque contam com um uso, com uma utilização específica dentro de um ecossistema desenvolvido a partir de uma blockchain, tal como pudemos observar antes.
Os tokens utilitários são criados para oferecer soluções para problemas bem específicos de um ecossistema, de forma rápida e, sobretudo, simples.
Por meio deles, é possível solucionar os mais diferentes problemas de forma bem mais simples ou, ainda, obter benefícios exclusivos utilizando-os como meio.
Dessa forma, os tokens de utilidade, tal qual qualquer outro tipo de token, são cunhados e armazenados em blockchain.
Isso garante uma maior segurança, confiabilidade e, sobretudo, a certeza de que as informações que eles possuem são seguras e armazenadas em uma blockchain, que contará com seus inúmeros protocolos de segurança e de preservação de identidades.
Diante disso, qualquer pessoa que tenha um token de utilidade em sua carteira poderá utilizá-lo a partir dos parâmetros que foram utilizados em sua idealização.
Tomemos como exemplo um jogo play-to-earn, que conta com um token de utilidade. Quando adquirimos esse token em nossa conta do jogo, passamos a ter acesso, por meio dele, a uma série de benefícios que permitem, por exemplo, que aprimoremos um equipamento.
Ou, ainda, por meio desse token nós conseguimos acelerar o tempo de produção de diferentes itens do jogo, contribuindo, então, com uma jogabilidade muito mais interessante.
Esses tokens têm um processo de emissão que varia bastante de desenvolvedor para desenvolvedor porque sempre dependerá da forma como o projeto em si foi idealizado e qual seria a função desse tipo de ativo para torná-lo mais interessante para quem o utiliza.
O que são tokens de segurança?
Um token de segurança é emitido por meio de uma Initial Coin Offer – um ICO. Esse tipo de token serve para que um projeto possa ser iniciado, por meio de uma oferta inicial, que servirá para levantar investimentos e fundos para um determinado tipo de projeto.
Dessa forma, esse tipo de token dispensa qualquer utilitário, diferentemente do token de utilidade, conforme vimos. Enquanto um confere propriedade de um tipo de ativo, o token de segurança tem uma função bem diferente.
O token de segurança, quando comercializado por meio de um ICO – que pode ser entendido tal como a primeira venda de ações na bolsa, quando a empresa abre seu capital -, representa uma pequena parte da empresa, da mesma forma que uma ação no mercado tradicional.
Por conta desse tipo de relação do token com o objeto que representa, muitas vezes os tokens de segurança também são chamados de tokens patrimoniais, pois é justamente isso que eles têm por mérito representar.
No mercado financeiro, as instituições que têm por objetivo regulá-lo consideram esse tipo de token como um título. Isso faz com que os tokens de segurança sejam sujeitos a diferentes tipos de regulamentação, a depender do país em que o investidor se encontra.
O que são tokens de governança?
Um outro tipo de token, para além do de utilidade e do de segurança, é o token de governança.
Esse tipo de token é, essencialmente, autoexplicativo. Ele se refere à função que o seu proprietário poderá ter dentro de um ecossistema baseado em blockchain.
Assim, quem o possui, poderá ter direitos de governança – ainda que compartilhada com outros detentores do token – dentro de um determinado protocolo, jogo, dApp ou mesmo de uma solução voltada para o mercado de finanças descentralizadas.
Na prática, as instituições mais tradicionais são centralizadas. Isto é: todo o seu “poder decisório” está centralizado na figura de uma única pessoa, de um conselho ou de uma equipe diretiva. As posições nesse tipo de instituição são mais rígidas e há pouca mobilidade ali.
Já quando se trata de blockchain, quem tem o poder decisório são, justamente, os seus usuários que, por meio de tokens de governança, podem participar de diferentes votações ou qualquer outro sistema de coleta e formação de opinião.
Por meio da sua participação ativa, será possível determinar quais são os direcionamentos que a rede poderá adotar ao longo do tempo, sendo possível, dessa forma, guiar os passos de desenvolvimento de um projeto, de um protocolo ou mesmo de um jogo.
Tokens Ethereum são diferentes?
Os tokens cunhados na Ethereum são os chamados ERC-20. Na prática, esses tokens têm um padrão técnico diferenciado, que permite que sejam utilizados para a cunhagem de contratos inteligentes na blockchain da Ethereum.
No entanto, existem uma série de regras que os tokens ERC-20 devem seguir. E a rede costuma ser bastante rigorosa em relação a esses pontos.
Até março de 2022, existiam cerca de 508 mil tokens rodando na rede principal da Ethereum. Isso faz com que o ERC-20 seja muito importante para o mercado de criptoativos, de forma geral.
Atualmente, são seis as condições para a codificação de tokens na Ethereum, seguindo o padrão ERC-20.
A primeira delas diz respeito ao fornecimento total de tokens. É necessário que o projeto tenha uma quantidade pré-definida de tokens a serem distribuídos no mercado – lembrando que quanto maior essa quantidade, maior a oferta e menor o valor atribuído.
As demais estão ligadas a critérios técnicos de aprovação, transferência e abono, por exemplo.
Todas essas funções são fundamentais para que seja possível seguir com a implementação de um token na rede da Ethereum, tornando-se, dessa forma, mais seguro para que o seu usuário possa adquiri-lo das mais diferentes formas e funções.
Como funcionam os tokens?
Um token pode funcionar de várias formas, a depender do projeto que o criou e de quais são as suas expectativas em relação ao criptoativo.
De forma mais ampla, cada token tem uma assinatura digital única, que é de propriedade de um determinado comprador. Cada token, portanto, só pode pertencer a uma pessoa, a cada vez.
Caso uma outra pessoa deseje adquirir um token em particular, é necessário que se negocie o valor daquele token de forma apropriada. Feito isso, a transferência entre carteiras pode ser realizada.
Esse mesmo mecanismo pode ser considerado no momento de utilizarmos um token de utilidade, um token de segurança ou mesmo um token de governança. Da mesma forma se aplica para um NFT ou para qualquer outro tipo de propriedade.
No entanto, quando se trata de um jogo, por exemplo, sabemos que todos os tokens têm um valor em comum e que não há qualquer diferenciação entre o token 1 ou o 300.
Mas isso muda bastante de figura quando estamos falando de um NFT, uma vez que o NFT é não-fungível e, dado essa sua característica, é único no mercado e só poderá, então, ser de uma única conta.
Como funciona o processo de tokenização
O processo de tokenização se dá por meio da substituição dos dados reais de um ativo por outros que sejam equivalentes a ele, em um mesmo formato, mas protegidos por meio de uma chave criptográfica.
Esse processo já é de praxe em boa parte de todas as transações que executamos dia após dia, em diferentes métodos de pagamento.
Com a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados – o processo de tokenização deverá se tornar ainda mais popular, sobretudo porque ele aumenta de forma bastante considerável os níveis de segurança de um determinado negócio, mantendo toda a sua estrutura e o seu formato.
Tomando como exemplo uma empresa que precisa fazer com que o acesso à identidade de um titular de uma de suas contas pode utilizar o processo de tokenização, fazendo com que esse e outros dados sensíveis desse cliente possam se tornar ininteligíveis para qualquer pessoa.
O processo de tokenização se dá por meio da geração de uma chave que é exclusiva para um determinado tipo de ativo e é totalmente aleatória. Ela não tem qualquer relação com os dados originalmente protegidos.
Dessa forma, no lugar dos dados originais, podemos manipular os dados que foram tokenizados. E se, por qualquer razão, houver a violação dos dados tokenizados, eles não farão qualquer sentido para quem os vir.
Dessa forma, o processo de tokenização de dados tem se tornado cada vez mais comum e cada vez mais utilizado por diferentes empresas focadas em pagamento ou mesmo que manipulem qualquer tipo de dado sensível do seu público consumidor.
Conclusão
A principal diferença entre uma criptomoeda e um token é que a criptomoeda é um token de uma blockchain específica. Assim, o BTC é o token da blockchain Bitcoin, enquanto o ETH é o token da blockchain Ethereum. No entanto, nem todo token é uma criptomoeda.
Dessa forma, estamos tratando de uma classe de criptoativos que tem se tornado tema de discussões no mercado financeiro e extrapolando a sua bolha, inicialmente mais focada em pessoas ligadas à tecnologia.
Assim, é fundamental que conheçamos essas diferenças e esses conceitos, sobretudo porque eles serão cada vez mais presentes em nossas vidas, para além da sua face econômica, uma vez que tudo, atualmente, pode ser tokenizado.
Leia também: Guia para iniciantes na Terra Blockchain
Leia também: O que é NFT: veja aqui o que você precisa saber
Leia também: O que é DeFi? Conheça a definição e seus casos de uso