O mercado de criptomoedas acabou de presenciar uma das maiores destruições de riqueza da história.
Não tenho a pretensão de compreender por completo as complexidades da saga envolvendo a corretora FTX, a Alameda Research e o recentemente destituído Sam Bankman-Fried. Entretanto, não é por falta de explicação, é apenas difícil dar sentido a coisas que não fazem sentido.
SBF viu sua fortuna estimada em US$ 15 bilhões implodir 94% em um único dia, de um jeito que parece até história de filme.
Com esse incidente não tão isolado, agora podemos adicionar o colapso da FTX a uma lista que inclui outros empreendimentos fracassados.
A cada crise financeira, milhões são perdidos. As companhias ficam sem rumo. As pessoas perdem tudo. Os efeitos se propagam através da cadeia de relações, derrubando tudo como um dominó. Uma vez que, não é só o prejuízo financeiro. Cada queda aniquila a única coisa que a criptomoeda precisa para ser adotada em larga escala, a confiança.
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Confiança
O mercado cripto se baseia na ideia de que você é o dono da sua moeda, ao invés de confiar em bancos. Exceto, claro, que muita coisa depende de exchanges centralizadas e parece sofrer tanto quanto a moeda fiduciária quando dá errado.
O mercado é sustentado pela confiança de que estão adequadamente com capital suficiente para permitir que você o retire. Além de apenas depender da confiança nas pessoas que desenvolvem os aplicativos. Como resultado, para uma adoção pública generalizada, é preciso ter plena e inabalável certeza de que essa iniciativa não é uma fraude para beneficiar alguns em detrimento de outros.
Contudo, cada vez que um desses grandes jogadores fracassa, mais confiança é destruída. Mais dúvidas surgem. Mais pessoas lutam para ver além de suas falhas atuais.
A indústria de criptomoedas pode lutar contra a ideia de regulamentação, mas, se esse é o resultado sem ela, um esquema semi-ponzi em alguns casos. Além disso, um ambiente repleto de indivíduos egoístas que tomam decisões imprudentes com o dinheiro de outras pessoas, que mesmo sendo poucas pessoas, ainda, sim, podem causar um grande estrago.
Em uma ironia, a SBF aconselhava reguladores e legisladores há poucas semanas sobre políticas. A sua corretora falida agora exemplifica por que, sem proteção ou regulamentação do consumidor, não haverá confiança no mercado de criptomoedas para cumprir suas promessas.
O que sucede se a credibilidade se deteriorar ainda mais? Por fim, mais pessoas tentarão sacar o seu dinheiro e ficará bastante evidente se as outras trocas deveriam ter depositado mais fé.
Aviso: O texto apresentado nesta coluna não reflete necessariamente a opinião do CriptoFácil.
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