A pandemia aumentou a quantidade de pessoas que possuem conta em banco no Brasil. Foi o que revelou um estudo realizado pela consultoria Americas Market Intelligence e a Mastercard.
O estudo, intitulado “Aceleração da inclusão financeira durante a pandemia da Covid-19“, reuniu pessoas do Brasil, México, Argentina e Colômbia.
Ele mostrou que houve uma queda de 73% na quantidade de pessoas que não possuem conta em banco. O dado inclui a porcentagem de pessoas que não possuíam contas em bancos nem em fintechs.
Segundo a pesquisa, o aumento ocorreu nos últimos cinco meses. Ele foi resultado da necessidade dos brasileiros de ter acesso a serviços online, por causa do distanciamento social.
Além disso, as políticas de subsídios dados pelo governo aceleraram a bancarização. Apenas no Brasil, o aplicativo Caixa TEM já possui mais de 65 milhões de usuários.
Criado para a distribuição do auxílio emergencial, o Caixa TEM acabou se tornando a primeira conta bancárias de muitas pessoas. Hoje, o aplicativo chega a concorrer com os principais bancos digitais do país.
No Brasil, o aplicativo Caixa TEM possui uma norma peculiar: proíbe a transferência ou saque da conta por 30 dias.
Mas segundo a pesquisa, isso teve impacto na forma como os brasileiros consumem. Particularmente, houve um grande aumento nas movimentações digitais.
Por exemplo, em maio, menos de 5% das transações eram realizadas de forma digital e cerca de 35% das transações eram de saque.
Já em agosto, as transações digitais realizadas pelo aplicativo atingiram a marca de 63%. Os saques, por sua vez, caíram para 15%.
Além disso, a forma de pagamento também mudou. Os pagamentos por aproximação e pagamentos em tempo real passaram a fazer parte do cotidiano da população.
Por fim, o estudo mostra que parte dos brasileiros mudou sua visão de investimentos e foco no longo prazo.
A poupança de recursos, tradicionalmente associada às camadas mais ricas, se estendeu para famílias de baixa renda.
O impacto da pandemia e dos auxílios na bancarização não foi sentido apenas no Brasil. Segundo o levantamento, a população não bancarizada em toda a América Latina teria sido reduzida em 25%.
Além do auxílio emergencial no Brasil, também foram medidos os impactos do Ingresso Solidário na Colômbia e do Ingresso Familiar de Emergência na Argentina.
Em todos, houve um aumento no uso de contas bancárias entre a população.
Leia também: Bitcoin tem apenas uma parada até US$ 20 mil, aponta bilionário
Leia também: Importante banco testará moedas digitais ainda em 2020
Leia também: Investidor move R$ 6 bilhões em Bitcoin a um custo de R$ 20