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Nubank quer integrar stablecoins em cartões de crédito

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O Nubank estuda a possibilidade de integrar stablecoins pareadas ao dólar em seus cartões de crédito, criando um modelo inédito no setor bancário digital. A informação foi revelada pelo ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante participação no evento Meridian 2025, organizado pela Fundação Stellar.

Atualmente vice-chairman do banco, ele destacou que a tecnologia blockchain pode ser o elo definitivo entre ativos digitais e serviços financeiros tradicionais.

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De acordo com Campos Neto, a iniciativa faz parte de um movimento global que busca unir moedas digitais estáveis e sistemas bancários. No caso do Nubank, a proposta inicial envolve testes com pagamentos em stablecoins via cartão de crédito, uma solução que poderia futuramente se integrar a outras ofertas do banco. Para o executivo, essa ponte entre criptoativos e finanças tradicionais representa um caminho inevitável para a evolução do setor.

Campos Neto ressaltou ainda que a maior parte das stablecoins está atrelada ao dólar, o que dá a esses ativos um peso geopolítico relevante. Ele explicou que a paridade entre stablecoins e a moeda dos EUA gera uma “demanda natural por títulos do Tesouro dos EUA”, fortalecendo a influência do país sobre o sistema financeiro global.

Em contrapartida, países europeus começam a demonstrar interesse em incentivar stablecoins ligadas ao euro, como forma de equilibrar a disputa monetária.

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Nubank quer integrar stablecoins

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Outro ponto abordado foi o impacto das stablecoins em mercados emergentes. Campos Neto destacou que economias com moedas não conversíveis ou com maior instabilidade política veem nesses ativos uma forma de proteção e acesso ao dólar. Para ele, a grande questão que ainda persiste é se as stablecoins serão usadas majoritariamente como meio de pagamento ou como reserva de valor.

Dados recentes, segundo o executivo, mostram que muitos usuários estão adquirindo esses ativos mais para guardar riqueza do que para transacionar.

Ao falar sobre o papel da blockchain, Campos Neto afirmou que a tecnologia é essencial para unir o mundo digital e o sistema bancário tradicional. Segundo ele, um dos maiores desafios enfrentados pelos bancos centrais hoje é o crescimento dos ativos digitais sem gerar desintermediação de crédito.

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Segundo ele, encontrar soluções que permitam aos bancos trabalhar com tokens e operações de crédito em cima deles será decisivo para o futuro do setor.

Além disso, Campos Neto também destacou que o sucesso de empresas financeiras dependerá de dois fatores centrais. O primeiro é a capacidade de criar ecossistemas robustos, que ofereçam aos clientes acesso a diferentes produtos e serviços, aumentando o custo de oportunidade para quem ficar de fora.

O segundo caminho, segundo ele, será a superioridade em inteligência artificial, permitindo que bancos e fintechs escalem operações e ofereçam serviços de qualidade a custos mais baixos.

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Assim, o analisar a movimentação do Nubank, Campos Neto reforçou que o banco já está entre os protagonistas na integração entre finanças digitais e tradicionais. Ele destacou que instituições como o Nubank e o Mercado Livre estão construindo plataformas que buscam oferecer uma experiência completa aos clientes, garantindo competitividade em um cenário de rápida transformação tecnológica.

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