A rede Ethereum terá um novo teste da atualização The Merge no dia 8 de junho. O novo teste se chamará Ropsten e será lançado para testar o consenso de Prova de Participação (PoS).
O código de configuração da nova rede de testes apareceu no repositório eth-clients do GitHub na segunda-feira (16). Quem criou a Ropsten foi o desenvolvedor Parathi Jayanathi.
Se o teste for bem sucedido, pode reacender as esperança de uma total implementação do The Merge nos próximos meses. De acordo com o desenvolvedor Tim Beiko, a atualização que estava prevista para junho foi adiada para a segunda metade de 2022.
“Não será junho, mas provavelmente nos poucos meses depois. Ainda não há data firme, mas definitivamente estamos no capítulo final de [prova de trabalho] sobre o Ethereum”, disse Beiko.
Nesse sentido, a Ropsten deve servir como parte deste capítulo final. Junto com a nova rede de testes, a Ethereum também aumentou os valores de seu programa de recompensas. Com isso, quem encontrar falhas na The Merge poderá ganhar até US$ 250 mil.
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Novo teste do The Merge
A The Merge significará o fim da mineração de Prova de Trabalho (PoW) na rede Ethereum e sua troca pela PoS. Uma vez que a rede for alterada para a prova de participação, os “mineradores” serão substituídos por “validadores”.
Por sua vez, os validadores ganham recompensas por validar os blocos da rede. Eles poderão deixar ETH em staking para realizar este processo, ganhando as moedas geradas nos blocos. Ou seja, o sistema de PoS também permite que investidores obtenham renda passiva.
Ao mesmo tempo, o PoS vai reduzir drasticamente a quantidade de energia consumida pela blockchain, tornando-a mais sustentável. Com a The Merge aliada a já implementada EIP-1559, a emissão de novos Ether (ETH) também será reduzida. De acordo com estimativas da Fundação Ethereum, o corte na emissão deve chegar próximo dos 90%, aumentando a demanda pela criptomoeda e o seu valor.
Programa de recompensas
Enquanto o The Merge não é definitivamente lançado, a Fundação Ethereum aumentou as recompensas oferecidas pelo seu programa de recompensas. Criado em 2021, o programa concede prêmios para quem encontrar falhas na rede Ethereum.
Os pagamentos são diretamente proporcionais. Ou seja, quanto maior foi o risco da vulnerabilidade descoberta, maior o valor da recompensa paga.
Para tornar o programa mais eficiente, a Fundação uniu o sistema de recompensas. Anteriormente, o programa diferenciava entre a rede principal (ETH 1.0) e a camada de consenso (ETH 2.0).
Os valores foram ampliados para até US$ 250 mil, ou R$ 1,25 na cotação atual. Isso representa um aumento de 600% em relação ao valor anterior, que era de US$ 50 mil. Quem ganhar os prêmios receberá o valor em ETH ou na stablecoin DAI.
Embora seja um valor elevado, o custo é pequeno diante das vulnerabilidades a uma rede que processa bilhões de dólares em transações todos os dias.
“Já existem vários esforços organizados pelas equipes de clientes e pela comunidade para aumentar ainda mais o conhecimento e a experiência nas duas camadas. A unificação do programa de recompensa aumentará ainda mais os esforços de visibilidade e coordenação na identificação e mitigação de vulnerabilidades”, escreveu o desenvolvedor Fredrik Svantes na segunda-feira.
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