A criadora de mercado GSR protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (SEC) um pedido para lançar cinco novos fundos negociados em bolsa (ETFs). Entre eles, destaque para um produto inédito: o GSR Digital Asset Treasury Companies ETF. Este fundo tem como objetivo rastrear o desempenho de empresas que detêm criptomoedas como parte de seu tesouro corporativo. Caso aprovado, será o primeiro ETF a oferecer exposição indireta ao mercado de ativos digitais por meio do mercado acionário.
O anúncio da GSR está em linha com um momento de crescente interesse institucional por veículos de exposição a ativos digitais. O ETF proposto para empresas de tesouraria tem como objetivo obter retorno total investindo em títulos de companhias consideradas tesourarias de Bitcoin.
De acordo com o documento, o fundo colocaria pelo menos 80% de seus ativos nessas empresas, ponderando-as com base na capitalização de mercado e no volume de holdings digitais.
ETF vai exposição indireta ao Bitcoin
A estratégia não oferece exposição direta ao Bitcoin e demais criptomoedas, mas sim às ações de empresas que adotaram essa estratégia corporativa. A gestora do fundo espera compor a carteira com aproximadamente 10 a 15 posições, que incluirão de 5 a 10 emissoras diferentes, com foco principal em títulos listados nos Estados Unidos.
A gestão do fundo também prevê a possibilidade de alocar até 15% em investimentos privados em ações públicas (PIPEs), respeitando as regras de liquidez.
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Esta iniciativa marca a entrada da GSR no mercado de ETFs por meio de sua recém-formada divisão de gestão de ativos nos EUA. A empresa busca capitalizar um ambiente regulatório que se tornou mais favorável sob a administração Trump.
Recentemente, a SEC aprovou normas genéricas para cotação de produtos atrelados a commodities em bolsas como Nasdaq, Cboe e NYSE, o que pode agilizar o processo de revisão para novos ETFs de criptomoedas.
A Strategy (MSTR) iniciou o setor de empresas com tesouraria em criptomoedas e detém uma grande quantidade de Bitcoin. Nos últimos anos, outras companhias expandiram essa estratégia para além do BTC, incluindo ativos como Ethereum (ETH) e Solana (SOL) em seus balanços, como é o caso de Bitmine Immersive Technologies (BMNR), Reliance Global Group (RELI) e Forward Industries (FORD).
Além do ETF focado em tesouraria, a GSR também protocolou outros quatro fundos centrados em estratégias de staking de Ethereum. A aprovação agora depende da SEC, que avaliará se os fundos atendem aos requisitos de proteção ao investidor e integridade de mercado. Se aprovados, pode ser um novo propulsor de investimento dentro do setor.