A Fetch.ai afirma que seus agentes de inteligência artificial estão prontos para superar barreiras que limitam o comércio online atual. A empresa garante que, com novos recursos, esses agentes poderão executar pagamentos e reservas sem depender de autorização humana em tempo real. A iniciativa marca um passo importante rumo a uma economia orientada por sistemas totalmente autônomos.
Agentes Passam a Executar Pagamentos Completos Em Testes Reais
A empresa diz que seus agentes já funcionaram em cenários reais. Eles reservaram restaurantes e pagaram depósitos usando infraestrutura da Visa, com credenciais temporárias criadas para compras específicas. Esse modelo permite transações seguras e controladas. Assim, os agentes conseguem atuar mesmo quando o usuário está offline.
A Fetch.ai confirma que o lançamento público acontecerá em janeiro de 2026. A decisão ocorre após revisões adicionais solicitadas pela Visa. E ainda, a empresa afirma que o suporte da Mastercard deve chegar logo depois.
Humayun Sheikh, fundador da Fetch.ai, afirma que o verdadeiro obstáculo não envolve acesso às redes de pagamento. Para ele, o problema está no modo como os sistemas são estruturados. Ele explica que o mercado avança para uma economia “AI-first”, e isso exige comunicação direta entre agentes autônomos capazes de transacionar sem supervisão imediata.
O novo recurso foi construído dentro da plataforma ASI:ONE, da Fetch.ai. O objetivo é permitir que agentes façam reservas, enviem pagamentos e executem pedidos com autonomia. A empresa reforça que trabalha com provedores financeiros tradicionais para garantir credibilidade e segurança.
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Credenciais Temporárias Garantem Segurança E Reduzem Riscos
Para reduzir riscos, o sistema usa credenciais de pagamento descartáveis. A Visa emite números temporários com valores e finalidades específicas. Dessa forma, os agentes não guardam dados sensíveis. Sheikh afirma que esse modelo cria mais confiança e evita abusos.
O sistema funciona tanto com cartões tradicionais quanto com pagamentos on-chain usando USDC ou FET, token nativo da Fetch.ai. A empresa evita transferências bancárias diretas, já que elas exigem conformidade regulatória mais complexa.
A Fetch.ai também desenvolveu uma camada de identidade. Cada agente atua em nome de um usuário ou empresa identificável. Essa exigência surge porque varejistas demonstram resistência ao crescimento de ferramentas que imitam comportamento humano. A política tenta evitar conflitos semelhantes aos enfrentados por outras empresas de IA.
No mês passado, a Amazon enviou uma carta de advertência à Perplexity por causa de um sistema que simulava compradores humanos. Sheikh diz que os agentes da Fetch.ai seguem caminho oposto. Eles operam com plena transparência, sempre vinculados a uma identidade persistente.
Os agentes ainda possuem caixas de mensagens para períodos offline. Quando retomam a conexão, eles verificam instruções pendentes e executam ações necessárias. Esse recurso evita interrupções em ambientes mais complexos.
A expansão ocorre enquanto o Artificial Superintelligence Alliance enfrenta mudanças internas. A Ocean Protocol deixou o grupo em 2025 após desacordo sobre controle de recursos e fechamento de pontes de tokens. Mesmo assim, a Fetch.ai reafirma que continua comprometida com um modelo que permite que usuários executem e mantenham seus próprios agentes.
Sheikh diz que a arquitetura foi projetada para garantir propriedade total. Assim, cada agente representa um usuário real, criando ambiente confiável e adequado para o comércio digital do futuro.

