Uma nova carteira de Bitcoin, que funciona sem internet, ganhou vida: a Machankura. Focada no mercado africano, a wallet permite que seus usuários enviem e recebam BTC sem a necessidade de conexão com a internet.
Isso é possível porque a carteira usa dados de serviço suplementares não estruturados (USSD). Esse sistema é uma variação do conhecido serviço de mensagens SMS, que também não requer conexão com a Internet para seu uso.
A carteira só está operacional em nove países africanos, Nigéria, Tanzânia, África do Sul, Quénia, Malawi, Namíbia, Zâmbia, Uganda e Gana. Os usuários interessados devem registrar-se no serviço marcando o código do seu território.
No caso da Nigéria, por exemplo, eles devem discar *347*8333# para iniciar a carteira e seguir os passos que são mostrados na tela. Conforme explica Kgothatso Ngako, criador da Machankura, a meta da empresa é expandir para 54 países no continente africano.
Bitcoin sem internet: sim é possível!
De acordo com Ngako, o próximo objetivo da carteira é levantar capital para essa expansão. Afinal, atualmente, os fundadores que financiam seu desenvolvimento.
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Para receber fundos na carteira, os usuários geram endereços personalizados fáceis de lembrar, tal qual o Pix no Brasil, que é possível usar o nome ou número de telefone.
Porém, deve-se notar que Machankura é uma carteira de custódia. Ou seja, embora permita o envio e recebimento de BTC sem conexão direta com a internet, a empresa é quem administra os respectivos nós de Bitcoin e Lightning Network para envio, recebimento e gerenciamento dos fundos.
Portanto eles, e não o usuário final, são os proprietários das chaves privadas de cada Bitcoin recebido, assim como ocorrem em exchanges como Binance, Bitfinex, entre outras. Para usar o serviço de envio e recebimento de BTC sem internet na Machankura, há um custo operacional de 1% em cada transação enviada.