A advogada especializada em direito internacional Mehrsa Baradaran enviou uma declaração para o Senado dos Estados Unidos, para ser lida durante a audiência ocorrida nesta terça-feira, 30 de julho.
Em sua carta, Baradaran sugere que os criptoativos não são a solução para a inclusão financeira e a equidade no setor bancário.
Política, não tecnologia é a solução
Em seu comunicado, publicado no site do Senado, Baradaran explica que as questões de desigualdade e ineficiência financeira que o Bitcoin e outras criptomoedas estão tentando resolver devem ser resolvidas por meio da política, não da tecnologia.
Para ela, tais questões devem ser abordadas “nesta Casa, e não em um escritório de uma startup de tecnologia ou por um whitepaper escrito de forma anônima”.
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“Embora eu compartilhe muitas das preocupações da indústria de criptomoedas em relação a falhas do setor bancário, não acredito que as criptomoedas sejam a melhor solução para os problemas de inclusão financeira e equidade na atividade bancária.”
O Fed protegerá sua influência
A carta de Baradaran foi respondida pelo analista sênior de mercado da eToro Mati Greenspan. Ele apontou que o Federal Reserve é incentivado a manter seu poder, não aumentar a inclusão financeira, e nenhum lobby pode mudar isso – mas a disrupção causada pelas criptomoedas pode.
“A única maneira de fazê-los mudar é atrapalhar seu modelo de negócios. Ao apoiarmos o Bitcoin ou outras formas independentes de dinheiro, os bancos centrais serão forçados a competir pela emissão de moeda e criação de sistemas bancários. Só então você terá a inclusão que procura. O Fed tem um monopólio.”
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