O governo alemão, ou melhor, o estado alemão da Saxônia, fez um estrago no mercado de Bitcoin (BTC) esta semana. No entanto, a sua munição está acabando, já que restam menos de 5.000 BTC ainda disponíveis para venda.
Com mais de 50.000 BTC oriundos do fechamento de um site de venda de produtos ilegais, o governo iniciou suas vendas em massa e causou fortes danos. Na semana passada, o BTC chegou a cair 12% e teve sua pior queda semanal de 2024.
Nesta sexta-feira (12), o estado da Saxônia enviou 10.567 BTC para várias exchanges, ou mais de US$ 600 milhões em valores atuais. As vendas ocorreram em lotes ao longo do dia, e o BTC sentiu o impacto, já que seu preço caiu mais de 2%.
Acabando o estoque
Mas após as transações desta sexta-feira, as carteiras vinculadas ao estado alemão detinham apenas 4.925 BTC no valor de US$ 285 milhões. Ou seja, o governo já se desfez de mais de 90% do seu estoque, o que traz otimismo para os investidores.
Isso significa que a onda de vendas de Bitcoin na Alemanha pode terminar já nesta sexta-feira ou no início da próxima semana. Com mais uma venda, o governo pode limpar completamente suas carteiras e retirar essa pressão do mercado.
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A contagem pode mudar nas últimas horas devido à estranha prática da carteira de receber uma parte dos ativos transferidos, às vezes na faixa de US$ 10 milhões, de volta das exchanges antes do final do dia. Greg Cipolaro, chefe de pesquisa da gestora de ativos digitais NYDIG, chamou a atividade na rede de “perplexa”.
No total, o governo da Saxônia tinha mais de 50.000, ou cerca de US$ 3 bilhões. A última venda pode acalmar os temores dos investidores em criptomoedas e reduzir as quedas no preço.
Isso não significa que o Bitcoin voltará ao caminho das valorizações, mas pode ao menos estancar novas perdas. No mês passado, a criptomoeda teve perdas de 15% depois que os Estados Unidos venderam US$ 240 milhões em BTC.
Agora, a expectativa está nos pagamentos feitos pela extinta Mt Gox, que começaram no início da semana. Mas neste caso, os analistas apontam que a maioria dos credores não venderá suas criptomoedas.
