O mercado de criptomoedas segue conquistando novos adeptos. Porém, este não parece ser o caso do maior investidor individual da Bolsa de Valores do Brasil, Luiz Barsi.
Nesta quarta-feira (9), em entrevista ao Estadão, o executivo realizou uma série de análises sobre a economia brasileira e pontuou o que pensa dos criptoativos:
“Na realidade, as criptomoedas atraem apenas os jogadores, não atraem os investidores, na minha opinião. Por isso que eu nem penso nelas.”
Na contramão do mercado
Para Barsi, a tecnologia blockchain “não tem significado”. O executivo, que é investidor do Banco do Brasil e dono de uma fortuna de aproximadamente R$ 2 bilhões, mostrou-se pouco receptivo com as criptomoedas:
“Eu nem penso nisso […] É uma criação de alguém que projeta um futuro nebuloso para poder tirar dinheiro das pessoas e enganar aqueles que não têm uma raiz forte, em termos de fundamento.”
Sua fala deu-se após ser questionado sobre o posicionamento do fundador da Bridgewater Associates, Ray Dalio, sobre o Bitcoin.
Em um artigo publicado no LinkedIn, Dalio disse acreditar que as criptomoedas são ativos semelhantes ao ouro. Caracterizou o Bitcoin como “uma invenção e tanto”.
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“O perfil do brasileiro é de um agiota”
Para Barsi, o brasileiro não tem muito perfil de investidor. O bilionário acredita que, para apostar no mercado, é necessário ser “vencedor”, diferente de como classifica seus conterrâneos.
“Lamento que não tenhamos uma cultura de investimento capaz de conduzir as pessoas a esse nível de aplicação. Lamentavelmente, o brasileiro foi seduzido, conduzido e induzido a ser um agiota. O perfil do brasileiro é de um agiota por excelência.”
Seguindo a sua análise sobre o investidor brasileiro, Barsi diz que “ele fugiu do mercado de renda fixa, de renda garantida e veio para a bolsa de valores”.
O empresário diz que seu maior receio é que as taxas de juros voltem a aumentar, afugentando esse grupo da bolsa.
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