O navegador Brave, conhecido por sua abordagem focada em privacidade, acaba de anunciar um novo recurso inovador: domínios personalizados “.brave” para simplificar endereços de carteiras de criptomoedas. Em parceria com a Unstoppable Domains, a Brave se tornou o primeiro navegador a introduzir seu próprio domínio on-chain, permitindo que usuários substituam longas sequências alfanuméricas por nomes legíveis.
Com os novos domínios “.brave”, os usuários poderão criar identificadores únicos e fáceis de memorizar, como “minhacarteira.brave”, em vez de lidar com endereços complexos. Esses domínios são registrados como NFTs na blockchain Polygon, garantindo propriedade definitiva sem taxas de renovação. Além disso, eles são compatíveis com várias redes, incluindo Ethereum, Solana, Bitcoin, Base, entre outras.
Uma das vantagens exclusivas é a possibilidade de hospedar sites descentralizados no IPFS (InterPlanetary File System), acessíveis diretamente pelo navegador Brave. Isso permite a criação de sites resistentes à censura. Além disso, dá mais segurança a troca de mensagens, logins em dApps, recebimentos de recompensas em formato de NFT, entre outros recursos.
Navegador Brave lança domínios simplificados
De acordo com Brian Bondy, CTO e cofundador da Brave, o navegador tem a missão recolocar nas mãos dos usuários o controle sobre seus dados. Um tema muito debatido nos últimos anos devido ao poder que grandes empresas, como Google, possuem sobre os dados dos usuários.
“Nossa missão é devolver a privacidade, a propriedade e o controle aos usuários e o brave é mais do que um domínio — é uma camada de identidade de propriedade do usuário, nativa do ecossistema Brave” disse Brian Bondy em entrevista ao The Block.
A partir da versão 1.81 (prevista para agosto de 2025), o navegador e a Brave Wallet terão suporte direto para esses domínios. Recentemente, a empresa anunciou uma parceria com a Cardano que permite que o usuários acessem o protocolo e façam a gestão dos seus ativos diretamente pelo navegador.
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Atualmente, domínios blockchain enfrentam limitações em navegadores tradicionais, pois operam fora do sistema DNS regulado pela ICANN. No entanto, a Brave e a Unstoppable Domains já planejam buscar registro como gTLD (domínio de primeiro nível geral) em 2026. Com isso, os domínios “.brave” funcionariam tanto no ambiente Web2 quanto no Web3.
Embora o mercado ainda classifique o Brave como um player de nicho, o navegador já atrai mais de 85 milhões de usuários ativos por mês e detém cerca de 1% de participação no mercado global de navegadores.
A introdução de domínios on-chain pode ser um diferencial para atrair mais entusiastas de criptomoedas e descentralização. Com essa novidade, a Brave reforça seu compromisso com privacidade, propriedade digital e inovação, consolidando-se como uma das opções mais avançadas para quem busca alternativas à web tradicional.