De olho em trazer mais transparência ao seu processo de produção, a Natura, gigante brasileira de cosméticos, vem estudando a implementação da blockchain e de novas tecnologias em seus negócios.
“Essas ferramentas aplicadas à gestão contribuem para maior transparência e ajudam a trazer as partes envolvidas para o debate. A responsabilidade é compartilhada”, disse João Teixeira, coordenador de sustentabilidade da Natura, ao jornal Valor Econômico. A companhia tem mais de 10 mil fornecedores em todos os países em que atua, sendo que 240 representam quase 57% do volume de compras.
A estratégia da Natura de inovar buscando novos ingredientes para seus produtos não é novidade e, com a linha Ekos, a empresa criou processos para a análise de matérias primas, usando o conhecimento tradicional das comunidades locais (a manteiga de ucuuba, por exemplo, já é usada na região para a hidratação da pele) e validação científica dos benefícios de cada ativo. Para cada ingrediente, a empresa desenvolve um processo de colheita para não afetar o ciclo da planta e respeitar as safras.
Muito além da moda em torno da blockchain, a vice-presidente de marketing e inovação da Natura diz que essa tecnologia tem um potencial real de transformação, desde a cadeia produtiva, com a rastreabilidade das matérias primas usadas nos produtos, até a interação com os consumidores, destacando que a empresa está aberta à inovação e ao desenvolvimento de novas práticas por meio da tecnologia.
“Se tiver alguém que sabe exatamente toda a potencialidade que tem em torno de blockchain, eu quero ouvir”, comenta ela, que afirmou que a empresa tem feito projetos pilotos com estas novas tecnologias, no entanto sem dar muitos detalhes.
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Recetemente, a Blockchain Academy, como mostrou o Criptomoedas Fácil, lançou um curso específico de blockchain para negócios, em parceria com a Mosaico University, e entre os convidados da instituição está a Natura.