O mês de março promete ser o período em que boa parte dos lideres mundiais voltarão seus olhos para a América Latina, afinal o continente irá sediar duas importantes reuniões multilaterais, ambas tendo como pauta a regulamentação do mercado cripto, Bitcoin, Criptomoedas, Blockchain, ICO e etc. A Argentina será palco da reunião de ministros do G20, cujos trabalhos já começaram e o Brasil sediará a reunião do Fórum Econômico Mundial (edição América Latina).
O G20 acontece em Buenos Aires de 17 a 20 de março. Emmanuel Macron, presidente da França e seu Ministro das Finanças, Bruno Le Maire, foram os primeiros líderes mundiais a clamar por uma discussão sobre a regulamentação das criptomoedas pelo G20. Na sequência do anuncio francês, Joachim Wuermeling, membro do conselho do Bundesbank (banco central alemão), salientou que qualquer tentativa de regular as criptomoedas, como o bitcoin, deve ser em escala global, uma vez que as regras nacionais ou regionais seriam insuficientes. O FMI – Fundo Monetário Internacional – também está convidando todos seus integrantes para debater o tema.
Já o Fórum Econômico Mundial para América Latina seguirá o roteiro do Fórum Econômico Mundial, em Davos, do qual é parte e vai se concentrar em um programa de três eixos: Promovendo liderança responsável e governança ágil, Garantindo o progresso econômico para todos e o Aproveitando o Potencial da Quarta Revolução Industrial, neste último será explorado como a região (América Latina) pode moldar a tecnologia e a inovação para seu benefício. Isso inclui a compreensão do impacto de tecnologias como blockchain, internet de coisas, aprendizado de máquinas e robótica.
Entre os destaques do evento estão: Candido Bracher, CEO do Itaú Unibanco; Luiz Carlos Trabuco Cappi, CEO do Bradesco; Maria Cristina Frias Editora de Mercado do Grupo Folha e Ngaire Woods da Universidade de Oxford. Vale lembra que o Itaú anunciou recentemente que esta trabalhando com uma aplicação em Blockchain.
Regulamentação na mira do Estado
As criptomoedas estão na mira do Estado e, certamente, 2018 será o ano em que o assunto será cada vez mais debatido não só no G20. Yves Mersch, por exemplo, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu (BCE), declarou recentemente que espera opções regulatórias rápidas para o mercado cripto. O Gerente Geral do Bank of International Settlements (BIS) Augustín Carstens também expressou preocupação sobre a crescente integração entre as criptomoedas e as finanças tradicionais. Quem segue nesta linha é a Autoridade Européia de Valores Mobiliários e Mercados (AEVM) que na sua mais recente agenda de trabalho delineou as cinco principais áreas em que a agência se concentrará no próximo ano, uma delas será acompanhar o desenvolvimento da inovação financeira, que, como a agência especificamente apontada, inclui tecnologia de criptomoedas e blockchain.
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Nos EUA o Congresso norte-americano realizou uma audiência com a presença dos dois principais órgãos reguladores do mercado financeiro dos Estados Unidos, J. Christopher Giancarlo, presidente da Comissão de negociação de futuros de commodities (CFTC, na sigla em inglês), e Jay Clayton, presidente da Comissão de Segurança e Câmbio (SEC, na sigla em inglês), os resultados da audiência foram otimistas, embora esteja claro que a CFTC e a SEC deram apenas ideias de algumas regras que eles gostariam de praticar, seus planos parecem estar focados em proteger os consumidores de ameaças como fraudes em ICOs e em corretoras de criptomoedas, e não em desencorajar o crescimento do mercado de moedas digitais.