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Movimentação de Bitcoin da BlackRock gera alarme falso no mercado

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Uma série de transferências massivas de Bitcoin, supostamente vinculadas à BlackRock, causou alvoroço e uma onda de pânico nas redes sociais e em alguns portais de criptomoedas nesta semana. Rastreadores on-chain reportaram a movimentação de mais de 50.000 BTC, equivalentes a aproximadamente US$ 548 milhões, partindo de carteiras associadas ao iShares Bitcoin Trust (IBIT) da gigante de investimentos.

No entanto, uma análise mais aprofundada revela que a realidade é muito menos dramática do que os headlines sensacionalistas sugeriam.

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BlackRock
Movimentações suspeitas da BlackRock geram medo no mercado. Fonte:: X.com

Os dados, de fato, mostram que o saldo total de Bitcoin sob custódia do IBIT sofreu uma redução, caindo de 562.000 BTC para cerca de 511.978 BTC em uma semana, com milhares de transações individuais, algumas na casa de 300 BTC cada.

Sinais preocupantes de Bitcoin da BlackRock

Visualmente, em dashboards de blockchain, o movimento pareceu alarmante: o saldo da carteira principal diminuiu em um padrão claro e gradual. A narrativa de um “dump” (venda massiva) por parte do maior custodiante de ETF de Bitcoin de Wall Street ganhou força instantaneamente, contribuindo para a pressão vendedora que levou a criptomoeda a cair 5% na semana, negociando perto de US$ 113,000.

Contudo, especialistas e uma leitura técnica mais apurada rapidamente desmontaram a teoria. Longe de ser uma liquidação de ativos, essas movimentações são parte das operações de custódia de rotina de um fundo desse porte. Grandes custodiantes como a BlackRock frequentemente realizam o que é conhecido como “rotatividade de carteiras” ou “wallet shuffling”.

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Essa prática envolve realocar moedas entre diferentes endereços de cold storage (armazenamento frio, offline e mais seguro) e hot wallets (carteiras quentes, conectadas à internet para liquidez), além de movimentos para atender a necessidades operacionais com contrapartes autorizadas. É uma medida fundamental de segurança e gerenciamento de liquidez, não um indicativo de intenção de venda.

Sem vendas de Bitcoin

O sinal crítico para se observar uma venda iminente não é simplesmente uma grande movimentação entre carteiras de custódia, mas sim um influxo substancial de Bitcoin para as exchanges – local onde as moedas são efetivamente vendidas.

No caso dessas transferências da BlackRock, os BTC permaneceram dentro do ecossistema de custódia institucional, muitas vezes sendo movidos para endereços ainda mais profundos e seguros, o que, na verdade, aponta para uma estratégia de holding de longo prazo.

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Portanto, enquanto a narrativa de pânico se espalhava, a realidade era mundana: a BlackRock não vendeu nenhum Bitcoin pertencente aos seus cotistas. O valor total dos ativos sob gestão (AUM) do IBIT permanece intacto, conforme pode ser confirmado pelos dados da SoSoValue.

Portanto, o episódio serve como um alerta crucial para o mercado: no blockchain, as aparências enganam. Movimentações entre carteiras, sem a chave fundamental que são os depósitos em exchanges, não significam vendas. Contexto e entendimento técnico continuam sendo os melhores antídotos contra o alarmismo.

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