O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), uma das instituições de ensino mais prestigiadas dos EUA e que coordena grandes desenvolvimentos e pesquisadores envolvidos em projetos do ecossistema cripto/blockchain, como a Lightning Network, está trabalhando em conjunto com outras sete universidades norte-americanas para, segundo eles, construir uma criptomoeda capaz de superar o Bitcoin em diferentes aspectos.
Os pesquisadores estão trabalhando juntos sob a bandeira da Distributed Technology Research (DTR), uma fundação sem fins lucrativos apoiada pela Pantera Capital, com o propósito de desenvolver criptoativos “mais eficientes” do que os atuais, visando a adoção em massa. Segundo reportagem da Bloomberg , a criptomoeda deve ser nomeada como Unit-e e deve ser lançada no segundo semestre de 2019 com capacidade de rivalizar com Visa e Mastercard em termos de transações por segundo, pois teria capacidade de processar até 10 mil tps, frente há apenas 1.700 da Visa e 10 do Bitcoin.
“Nos 10 anos desde que o Bitcoin surgiu pela primeira vez, as blockchains se desenvolveram de uma nova ideia para um campo de pesquisa acadêmica. Nossa abordagem é, primeiro, entender os limites fundamentais do desempenho da blockchain e, em seguida, desenvolver soluções que operem o mais próximo possível desses limites, com resultados que sejam prováveis dentro de um rigoroso arcabouço teórico”, disse Gulia Fanti, pesquisadora principal da DTR e Professora Assistente de Engenharia Elétrica e de Computação na Universidade Carnegie Mellon.
A ideia dos pesquisadores e desenvolvedores do projeto é criar canais de pagamento separados para ajudar na velocidade das transações e, ao fazer isso, a equipe espera que a Unit-e cumpra sua promessa de superar substancialmente qualquer outra rede de pagamento existente em termos de segurança e velocidade de transação.
“O público em geral está ciente de que as redes de [criptomoedas existentes] não são dimensionadas. Estamos à beira de algo em que, se isso não acontecer em breve, pode ser relegado a ideias boas, mas que não funcionaram na prática: mais como a impressão 3D do que a internet”, destacou o diretor de investimento do Pantera Capital e membro do conselho do DTR, Joey Krug.