O mercado de mineração de criptomoedas parece estar agitado, mesmo com os preços das moedas digitais estarem vivenciando um momento de baixa. Embora as gigantes na fabricação de hardwares para mineração, como a AMD e a NVidia, tenham relatado que o interesse dos mineradores por seus equipamentos tenha caído junto com o preço dos criptoativos, a demanda por novas unidades gráficas para mineração ainda é constante, embora em ritmo menor.
Um novo ator, de peso, tem prometido entrar neste disputado mercado de GPU. A Intel, gigante de tecnologia que lidera o mercado de CPUs há anos, anunciou que em 2020 deve disponibilizar ao público sua primeira placa de vídeo dedicada aos gammers, mas que, assim como os hardwares da AMD, também poderá ser usado para mineração de criptomoedas.
Para cuidar o projeto, a Intel contratou Raja Koduri, um dos maiores nomes do ramo de chips gráficos, que pertencia à AMD e foi o grande responsável pela linha “Vega” e pela tela de retina utilizada nos dispositivos da Apple. Embora a GPU da Intel ainda esteja a alguns anos de distância, ela será a primeira placa gráfica completa lançada em 20 anos – em 1998, lançou a placa gráfica Intel i740, mas a linha de produtos foi descartada rapidamente, depois de provar um fracasso comercial.
“Temos planos empolgantes para expandir agressivamente nossos recursos gráficos e de computação e construir nossa base de IP muito forte e diferenciada”, disse o Dr. Murthy Renduchintala, diretor de engenharia da Intel.
A Intel não revelou qualquer detalhe sobre o desenvolvimento do novo hardware, no entanto, anunciou uma parceria com a AMD justamente para integrar processadores Core i com uma GPU da linha Vega, um fato um tanto quanto inusitado de ambas empresas que podem tornar-se grandes concorrentes em pouco tempo.
