Com mais de 200 mil casos confirmados e quase 9 mil mortes em todo o mundo, o novo Coronavírus (COVID-19) é, de longe, a maior ameaça à saúde que o mundo está enfrentando no momento. No Brasil já são 25 pessoas mortas pelo vírus e mais de 1500 infectados.
Para ajudar a conter a propagação do vírus mortal, governos e organizações de saúde têm trabalhado dia e noite para desenvolver uma vacina. No entanto, a falta de esforço centralizado tornou o progresso lento e levou a um aumento de casos.
Embora a computação distribuída – processo de dividir grandes quantidades de dados e agrupar os números de cada parte pequena em um computador diferente – não seja novidade, os cientistas da Universidade de Stanford começaram a usar o método para ajudá-los a analisar dados sobre o COVID- 19.
Assim, em busca de ajudar a resolver esta lacuna e impulsionar o processo de pesquisa científica na produção de uma vacina, mineradores de criptomoedas começaram a doar poder de computação para as equipes de pesquisa médica por meio da participação no projeto Folding@home (FAH).
O FAH é um projeto executado pelo laboratório Pande Lab (dentro de Stanford) que usa o poder de computação de computadores pessoais ociosos para realizar pesquisas de doenças. No final de fevereiro, o projeto anunciou que se concentraria no combate ao coronavírus publicando uma atualização detalhada sobre seu trabalho em 10 de março.
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Outro programa similar ao FAH é o Rosetta@home, um programa criado no cliente BOINC (Berkeley Open Infrastructure for Network Computing ), e que pode ser executado em segundo plano em computadores pessoais, além de ser usado para fazer cálculos complexos. Ambos os programas (FAH e Rosetta) ocupam uma pequena quantidade de espaço e a quantidade de poder de processamento que eles usam pode ser facilmente controlada.
Vários grupos de hackers e defensores da indústria de criptomoedas pediram que os mineradores de criptomoedas doassem parte de seu poder de computação para a causa, e as equipes atrás de Rosetta e FAH também criaram sua própria conta no Twitter.
O apelo aparentemente foi ouvido e, segundo dados, mais de 2600 usuários estariam contribuindo com os projetos, doando poder de computação para a causa. Contudo, com o recente crash no mercado, muitos mineradores desligaram suas máquinas, o que pode ter impedido uma doação de poder de computação ainda maior.
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