Se a mineração de bitcoin – e de algumas criptomoedas – já era difícil no Brasil, agora pode ficar praticamente inviável. Isso porque na última terça-feira, 24 de outubro de 2017, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) autorizou um reajuste na bandeira tarifária de cor vermelha (bandeira 2) da conta de eletricidade, a mais alta das tarifas.
Com a mudança, o valor extra cobrado nessa bandeira passará de R$3,50 por cada 100Kw consumidos para R$5,00 por 100Kw, um aumento de 43% na cobrança.
Segundo a autarquia, o reajuste da cobrança foi efetivado para que a conta possa bater. Hoje, mesmo com a bandeira 2 em vigor, a empresa alega que a taxa atual não cobre mais o custo da energia.
O sistema de bandeiras foi instituído para funcionar como um sinal: quanto mais alto o consumo de energia, maior a tarifa. A bandeira 2 é ativada sempre que há uma escassez de água, o que, por sua vez, dificulta o funcionamento das usinas hidrelétricas.
As demais bandeiras, no entanto, não sofreram aumentos: a bandeira vermelha 1 não foi alterada, a amarela foi reajustada para baixo (de R$ 2,00 para R$ 1,00) e a verde, a mais baixa, continua zero.
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Impactos
Com a conta de luz mais cara, o brasileiro precisará fazer mais esforço para manter a conta de luz controlada. Especialmente para quem minera criptomoedas.
Como já sabemos, um dos maiores impactos da atividade de mineração é o alto consumo de energia. Além do funcionamento das máquinas, é necessária uma grande estrutura de resfriamento – necessário para manter a vida útil dos equipamentos. Ambos são gastos extremamente altos, cujo reajuste da ANEEL vai contribuir para ficarem ainda maiores.
Dessa forma, a mineração solo, com apenas uma ou poucas máquinas, fica ainda mais inviável principalmente para quem dispõe de pouco capital e para quem mora em locais com altas temperaturas. O ideal para quem ainda deseja arriscar a mineração é juntar-se a uma grande pool, onde os custos com energia são mais diluídos – e os ganhos, mais constantes.