De acordo com reportagem do New York Post, criminosos atraíram um milionário italiano e sócio de um fundo de criptomoedas para Nova York com a promessa de devolver os Bitcoins que haviam roubado dele. Contudo, em vez disso, sequestraram-no e torturaram-no brutalmente.
Os acusados, John Woeltz, 33, e William Duplessie, 37, convenceram Michael Valentino Teofrasto Carturan, de 28 anos, a viajar da Itália para os EUA. No entanto, ao chegar lá, em 6 de maio, eles o mantiveram em cativeiro por 17 dias em uma casa em SoHo, onde o torturaram e ameaçaram de morte, conforme as acusações do Ministério Público.
Armadilha e sequestro de empresário de criptomoedas
O New York Post revelou que os criminosos John Woeltz, 33, e William Duplessie, 37 já haviam extorquido Carturan antes do sequestro. O jornal descreveu os dois como “irmãos crypto” que mantinham um estilo de vida luxuoso e regado a festas.
Os criminosos iniciaram o golpe quando ameaçaram matar a família de Carturan caso ele não transferisse parte de suas criptomoedas. Posteriormente, eles convenceram a vítima a viajar pessoalmente para Nova York com a promessa de devolver as criptomoedas extorquidas.
Um detetive da NYPD (atualmente afastado) transportou o italiano da Itália para uma mansão de oito quartos em Prince Street, um luxuoso bairro de Nova York. Lá, os sequestradores apreenderam seu passaporte e celular, prenderam-no em uma cadeira e começaram a torturá-lo sistematicamente.
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De acordo com os promotores, Carturan sofreu sessões de tortura, incluindo ameaças com armas e sufocamento com um cachimbo utilizado para consumo de drogas. Os criminosos queriam a senha da sua carteira de criptomoedas. Fotografias encontradas na casa mostram o italiano sendo agredido, com uma arma apontada para sua cabeça.
Após quase três semanas de cativeiro, Carturan conseguiu escapar quando Woeltz saiu para buscar um laptop. Ele fugiu e alertou as autoridades, resultando na prisão de Woeltz no local. Duplessie, que estava em uma festa nos Hamptons, entregou-se dias depois.
Cidade em choque
A investigação revelou que os acusados levavam uma vida luxuosa, frequentando boates caras e promovendo festas na mansão alugada. Além das fotos do crime, a polícia encontrou um arsenal, incluindo coletes balísticos, óculos de visão noturna, uma motosserra e drogas.
Os advogados de Woeltz, chamado de “Rei do Crypto do Kentucky”, pediram que o cliente fosse liberado sob fiança de US$ 2 milhões. Entretanto, Kevin McGrath, o juiz do caso, negou o pedido, citando a gravidade do caso.
O caso chocou a cidade de Nova York. A secretária do prefeito Adams declarou que estão todos chocados com as alegações, especialmente pela possível cumplicidade de um policial.