Embora ainda não tenha uma regulamentação no Brasil, o mercado de criptomoedas e blockchain está movimentando a economia e reunindo muitos empreendedores para além das exchanges, a parte mais visível do mercado e a porta de entrada para a maioria dos investidores. No entanto, conforme reportado pelo jornal Valor Econômico, quem olha este universo imaginando riquezas a curta prazo está enganado.
O jornal, focado no mercado financeiro, destaca um levantamento feito pela brasileira BigData Corp que mapeou 100 empresas constituídas no Brasil que têm como negócio principal atividades relacionadas ao Bitcoin – apenas três delas têm faturamento anual entre R$500 mil e R$1 milhão e 41% faturam até R$250 mil por ano, ou seja, algo em torno de R$20 mil por mês. Ainda segundo o jornal, o mercado atrai principalmente microempreendedores individuais (MEI) e empresas de pequeno porte, que juntas respondem por 79% do total pesquisado.
Segundo o Valor, o perfil mais comum é o de empresas sem vínculos empregatícios. Isso ocorre em 91% dos casos levantados pela BigData Corp. “A grande maioria são empresas pequenas e recentes”, diz Thoran Rodrigues, presidente da empresa de captura e analisa dados. Apenas uma das 100 empresas identificadas tem receita entre R$250 mil e R$500 mil. Para chegar ao faturamento, Rodrigues usou um modelo matemático que reúne informações e características de cada uma das empresas para estimar – com uma margem de acerto superior a 90% – a receita anual.
A maior parte dos empreendimentos relacionados ao Bitcoin (23%) é de empresas de intermediação de negócios de compra e venda, conforme indica a pesquisa. Na segunda posição, com 16%, aparecem os sites de busca e consulta na internet específicos para a criptomoeda.
Se por um lado o mercado brasileiro de criptomoedas e blockchain é dominado por pequenas empresas, se comparado mundialmente ele ainda tem muito que caminhar para ganhar relevância mundial. Atualmente, o Brasil responde por menos que 1% do mercado mundial de compra e venda de Bitcoins.
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O Brasil está entre os 20 maiores mercados mundiais de Bitcoin, segundo dados do portal Crypto Compare, no entanto, isso significa pouco mais de 0,3% do total de Bitcoins negociados em todo o mundo, cujo a comercialização é majoritariamente dominada por Japão (JPY) e pela dupla USDT/USD, juntas, as três moedas respondem por 85% do mercado mundial. Ainda segundo o portal, o mercado nacional é dominado pela corretora de criptomoedas FoxBit, seguido de outra exchange, a Mercado Bitcoin.
Entretanto, segundo dados do portal Bitcoin Avarage, o Brasil sobe para a sexta posição, respondendo por quase 1% do mercado mundial (0,98%), enquanto as maiores exchanges são Negocie Coins, FoxBit e Mercado Bitcoin, sendo que a primeira, de acordo com o portal, responde por quase 87% do mercado.