O Méliuz alcançou o maior resultado de sua história no terceiro trimestre de 2025 graças ao Bitcoin, com um Ebitda ajustado de R$ 27,6 milhões. O marco confirma o sucesso do processo de reestruturação iniciado há três anos e reforça a nova fase da empresa, agora posicionada como uma tesouraria de Bitcoin (BTC).
De acordo com reportagem do Valor, na comparação anual, o Ebitda subiu 126%, enquanto o crescimento trimestral foi de 112%. O lucro líquido ajustado chegou a R$ 15,3 milhões, um avanço de 12% em relação a 2024 e 79% frente ao trimestre anterior. Já a receita líquida consolidada atingiu R$ 123,7 milhões, impulsionada pela expansão de 37% na base anual e 26% na trimestral.
O segmento Shopping Brasil foi o principal responsável pelo resultado, com R$ 98,2 milhões em faturamento, alta de 63% frente ao mesmo período de 2024. O desempenho refletiu um volume bruto de mercadorias (GMV) 7% maior e uma take rate 0,6 ponto percentual superior.
De acordo com o CEO Gabriel Loures, o resultado é fruto da combinação entre inovação e eficiência.
“Estamos trazendo novos usuários em um ritmo muito forte, mesmo investindo menos de R$ 2 milhões por mês em marketing”, disse.
Ele destacou ainda a redução das despesas fixas, que caíram de 41% para 28% da receita líquida, o que reforça o foco da companhia em crescimento sustentável.
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Além disso, Loures afirmou que o sucesso do trimestre mostra que o turnaround da empresa chegou a um ponto de maturidade, com base em uma estrutura operacional mais leve e rentável.
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Bitcoin e recompra de ações pela Méliuz
O Méliuz encerrou o trimestre com 604,7 Bitcoins em caixa, nove a mais do que os 595,7 BTCs do trimestre anterior. A compra, de R$ 5,5 milhões, foi feita com recursos próprios, e o preço médio dos bitcoins é de US$ 103.322,86.
A companhia informou ainda que o Bitcoin Yield — indicador que mede a variação de BTC por ação — foi de 1,26% entre o segundo e o terceiro trimestre, acumulando 920,29% no ano.
Com o ativo digital ganhando peso na estrutura financeira da companhia, o Méliuz passa a consolidar seu modelo de tesouraria de Bitcoin, anunciado em março. Loures explicou que o foco é manter o BTC como reserva de valor de longo prazo, sem se preocupar com oscilações recentes de preço.
Outro ponto relevante foi o plano de recompra de ações, que usará o caixa operacional para retirar papéis de circulação.
“Faz mais sentido recomprar ações agora, dado o valor atual. Isso gera Bitcoin Yield e aumenta a eficiência do capital”, afirmou o CEO.
Atualmente, o enterprise value (EV) da empresa está em R$ 55,7 milhões, ou 0,59 vezes o Ebitda, o que, segundo Loures, representa uma assimetria favorável para o acionista.
Para os próximos meses, o executivo se mostra otimista com a Black Friday, apostando em um quarto trimestre forte. A combinação de lucro recorde, gestão eficiente e exposição ao Bitcoin coloca o Méliuz em uma posição singular no mercado brasileiro, consolidando o sucesso do turnaround e a transição para uma empresa financeira digital sólida e rentável.


