A empresa brasileira Méliuz anunciou a compra de 274,52 Bitcoins por US$ 28,4 milhões, a um preço médio de US$ 103.604 por unidade. A aquisição eleva a reserva da empresa para 320,2 BTC, reforçando sua posição como a primeira companhia listada na B3 a adotar o Bitcoin como ativo estratégico de tesouraria.
O CEO da Méliuz, Israel Salmen, celebrou a decisão nas redes sociais, destacando que os acionistas aprovaram a medida por ampla maioria. De acordo com ele, a empresa alcançou um rendimento de 600% com o ativo, fortalecendo sua posição no mercado financeiro.
“Dia histórico! Nossos acionistas aprovaram a transformação da Méliuz na primeira empresa brasileira listada com reserva de Bitcoin”, declarou Salmen.
Desde que intensificou sua estratégia cripto, a Méliuz viu suas ações subirem mais de 175% nos últimos 30 dias. Dessa forma, o mercado reagiu de forma positiva à iniciativa, interpretando a compra como um movimento ousado e visionário. Além da recente aquisição, a empresa já havia comprado 45,72 BTC em março de 2025, investindo cerca de US$ 4,1 milhões na época.
Dessa forma, o crescimento da reserva de Bitcoin faz parte de uma estratégia de longo prazo da companhia. Em abril deste ano, a Méliuz realizou uma Assembleia Geral Extraordinária para modificar seu objeto social, passando a incluir os investimentos em Bitcoin como parte central de seus negócios. A proposta recebeu aval dos acionistas, garantindo à empresa liberdade para ampliar sua exposição ao mercado cripto.
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Estratégia institucional da Méliuz de compra de Bitcoin
A trajetória da Méliuz com criptomoedas não começou agora. Em 2021, a empresa comprou o AlterBank, banco digital especializado em criptoativos, integrando serviços de criptoback e transações em Bitcoin e Ethereum. Ainda naquele ano, adquiriu a Acesso Bank (posteriormente Bankly), fortalecendo sua presença no setor financeiro digital.
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Já em 2022, a empresa lançou sua própria conta digital, permitindo a compra e venda de Bitcoin diretamente pelo aplicativo. Além disso, a parceria com a startup Liqi consolidou o Méliuz como um player relevante no mercado cripto, oferecendo cashback em Bitcoin por meio de parcerias com exchanges locais como BitPreço.
Além disso, recentemente, Salmen se reuniu com Michael Saylor, fundador da Strategy, para discutir estratégias de reserva corporativa em Bitcoin. A Méliuz também se juntou ao projeto Bitcoin For Corporations, promovido por Saylor, com o intuito de incentivar outras empresas brasileiras a seguirem o exemplo.
De acordo com Salmen, a ideia é consolidar o Bitcoin como reserva de valor no país.
“Queremos servir de exemplo para outras companhias e demonstrar que é possível integrar o Bitcoin como parte da estratégia financeira”, afirmou.