A indústria de mineração de criptomoedas no Paraguai pode estar em risco devido ao aumento das tarifas de energia elétrica no país.
O minerador de bitcoins Fernando Grijalba, que trabalha com a mineradora Braiins Mining e minera bitcoin há meses no Paraguai, afirmou que o aumento da taxa é “um grande revés para a indústria de mineração do país” porque “discrimina diretamente” aqueles que estão envolvidos nesta atividade digital.
De acordo com Grijalba, a tarifa dos mineradores subiu mais de 50%, passando de US$ 0,033 por kWh consumido para US$ 0,052 por kWh. Ele também criticou o aumento da garantia do depósito, que passou de US$ 20 mil para cada megawatt para uma média de US$ 80 mil.
“Esta é uma quantia impossível para os mineradores de bitcoin que já operam com margens estreitas”, comentou ele.
O aumento foi estabelecido em outubro passado, quando o presidente da Administração Nacional de Energia do Paraguai (Ande) definiu as tarifas de energia elétrica para mineradores de Bitcoin.
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De acordo com Félix Sosa, presidente da ANDE, o aumento ficaria entre 6% e 58% sobre os preços já estabelecidos, dependendo da demanda, da tensão elétrica utilizada e do tempo de conexão.
Minerar Bitcoin
Grijalba também argumentou que o aumento contra uma indústria limpa, como a mineração, é questionável.
Ele acredita que as autoridades devem priorizar o apoio às indústrias limpas para um futuro sustentável e que a mudança nas taxas “torna praticamente impossível” hospedar equipamentos ASIC de mineração de Bitcoin no Paraguai, já que a situação do mercado internacional “torna pouco atraente”.
Foi revelado que, desde o setor, se tentou evitar o aumento e regular o setor por meio de um projeto de lei, mas infelizmente foi vetado. A indústria de mineração de criptomoedas no Paraguai precisa de um ambiente favorável para operar e contribuir para a economia do país.
“É importante que as autoridades tomem medidas para garantir a competitividade e o desenvolvimento da indústria de mineração de criptomoedas no Paraguai”, finalizou.