A Mastercard, uma das maiores empresas de pagamento do mundo, revelou nesta quinta-feira (30) que sua rede já trabalha com a integração das moedas digitais, sejam elas Moedas Digitais de Banco Central (CBDCs), stablecoins ou criptomoedas.
De acordo com a empresa, a integração com diferentes tipos de moedas digitais é parte importante de seus planos. Afinal, a Mastercard trabalha para fornecer mais liberdade a seus parceiros na oferta de produtos. Além disso, para os usuários, atua disponibilizando diversas possibilidades em pagamentos com cartões Mastercard.
No caso das CBDCs, a empresa destacou que já vem trabalhando com bancos centrais em todo o mundo. O objetivo é habilitar as moedas digitais oficiais dos países dentro de seu ecossistema.
Conforme destacou Walter Pimenta, vice-presidente de Produtos e Inovação da empresa, a integração da Mastercard com a CBDC das Bahamas é um grande laboratório de como esta integração pode ser conduzida para melhorar os serviços prestados à população.
“É o momento de pesquisar e de trabalhar junto para que o desenho (das moedas) seja eficaz”, disse.
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Stablecoins e criptomoedas
Ainda segundo Pimenta, no caso das stablecoins, a empresa já tem uma parceria nessa empreitada. Nos Estados Unidos e no Reino Unido, a Mastercard oferece este serviço por meio da stablecoins USDC.
Portanto, usuários destes países podem utilizar a rede da Mastercard por meio da stablecoin para pagamentos e outras funções.
“Já estamos habilitando o processamento de USDC em alguns países e para todos eles o plano é o mesmo. Desde que haja regulação, estamos abertos a trabalhar com stablecoins”, disse.
Ainda segundo o executivo, no caso das criptomoedas, elas não são integradas diretamente à rede da Mastercard como ocorre com as CBDCs e as stablecoins.
Nesse caso, há um programa chamado “Cripto Card” no qual as empresas que trabalham com criptomoedas podem solicitar habilitação para emitir cartões com a bandeira da empresa.
Com a habilitação concedida, as empresas podem emitir um cartão Mastercard que permitirá pagamentos com criptomoedas. No entanto, é preciso que a empresa certificada e emissora do cartão converta o saldo de cripto em fiat antes de enviar os valores à rede.
“Não fazemos liquidação de Bitcoin e criptomoedas. Mas o emissor do cartão ao cliente pode fazer isso e habilitar o saldo em fiat no cartão do cliente da Mastercard. Já temos várias empresas executando este serviço em nossa rede”, disse.
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