A “escola MicroStrategy” de tomar dívida para comprar Bitcoin (BTC) segue firme na Marathon, mineradora líder no segmento. De acordo com um anúncio recente, a empresa revelou seus planos para levantar US$ 700 milhões em um esforço para acelerar seu plano de compra de BTC.
Da mesma forma que a companhia de Michael Saylor, a mineradora revelou nesta segunda-feira (2) que pretende oferecer uma oferta privada de notas conversíveis. As taxas serão de 0% e o vencimento ocorrerá em 2031, com a oferta restrita a investidores qualificados e profissionais.
Este movimento complementa a compra de US$ 250 milhões em BTC que a empresa fez em agosto, conforme publicou o CriptoFácil na ocasião. Com a emissão de nova dívida, a Marathon pode até triplicar as compras.
Marathon levantará US$ 700 milhões para comprar Bitcoin
Em um comunicado oficial à imprensa, a Marathon revelou detalhes sobre a oferta privada. De acordo com a empresa, os investidores terão a opção de comprar um valor principal agregado adicional de US$ 105 milhões das notas. Eles poderão exercer essa opção de compra dentro de um período de 13 dias.
A empresa conseguiu emitir as notas pagando juros zero aos investidores. No entanto, a Marathon explica que se houver remuneração, o pagamento dos juros ocorrerá a cada seis meses. As datas de pagamento serão nos dias 1º de junho e 1º de dezembro de cada ano.
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No entanto, a mineradora também revelou que a oferta continua sujeita ao mercado e outras condições, “e não pode haver garantia de se, quando ou em quais termos a oferta pode ser concluída“. Ou seja, tudo depende da demanda que a empresa vai encontrar para a emissão.
Além disso, essas notas não serão garantidas, o que está de acordo com a obrigação sênior da MARA. O valor captado irá, em sua maioria, para a compra de Bitcoin, mas a Marathon também pretende recomprar as notas conversíveis de 2026 de até US$ 50 milhões.
No geral, a compra de BTC pela mineradora pode ajudar significativamente o preço do BTC a buscar novas máximas, oferecendo maior pressão de compra. De acordo com o CoinGecko, o preço do BTC registrou perda de 1% nas últimas 24 horas, negociando a US$ 96.269.
Simultaneamente, também vale a pena mencionar que a MARA concluiu recentemente sua oferta privada de US$ 1 bilhão em outra saga de compra de BTC. No segundo trimestre, a companhia reportou uma queda de 34% na produção de novos BTC, efeito causado pelo halving que ocorreu um mês antes.
Bitcoin reflete otimismo
Apesar da queda no preço do BTC, o sentimento de mercado continua positivo. O índice de Medo e Ganância das Criptomoedas se manteve em 80, nível que indica “ganância extrema”. Por outro lado, a mínima e máxima que o BTC registrou nas últimas 24 horas foi de US$ 94.820,20 e US$ 98.152,60, respectivamente.
No entanto, vale a pena notar que o gráfico mensal do Bitcoin teve ganhos de 38% em novembro, ressaltando um momento de alta. O otimismo dos investidores cresceu quando o BTC chegou a menos de US$ 1.000 de atingir a sonhada barreira dos US$ 100 mil.
Além disso, à luz da corrida do Bitcoin rumo aos seis dígitos, a Marathon produziu 5.771 BTC, destacando o potencial do ativo. Os traders do mercado continuam mantendo o BTC nos seus radares apostando no ciclo de alta.