Uma pesquisa da empresa de análise Kaiko revelou que mais de 3.445 tokens ou pares comerciais foram retirados de diversas exchanges de criptomoedas até o momento em 2023. Esse número representa um aumento de 15% em relação a todo o ano de 2022 e o dobro das exclusões ocorridas em 2021.
As eliminações ganharam destaque em outubro, quando duas das maiores exchanges de criptomoedas, Coinbase e Binance, retiraram mais de 100 tokens de suas listas. A Coinbase, em particular, eliminou 80 criptoativos, o maior número em um único mês desde 2021, totalizando 176 pares excluídos em 2023, como relatado pela Bloomberg.
A exchange OKX também se destacou, removendo cerca de 172 tokens de sua plataforma neste ano. Essas exclusões maciças são atribuídas a vários fatores, sendo um dos principais motivos a falta de lucratividade dos tokens, agravada pelo prolongado bear market que manteve os preços da maioria das criptomoedas em baixa desde meados de 2022.
No entanto, uma peculiaridade notável é que a desaceleração do mercado não impediu a proliferação de novos tokens. Mesmo com a queda no volume de negociações, a criação de novos ativos digitais continuou a se multiplicar.
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Exclusão de Tokens de exchanges
O resultado é que atualmente existem cerca de 1,8 milhão de tokens listados em exchanges centralizadas e descentralizadas, de acordo com a estimativa da Kaiko. Muitos desses projetos estão inativos há muito tempo, indicando que podem não ter prosperado em um ambiente de baixa liquidez ou mesmo que são golpes.
As exchanges geralmente realizam avaliações periódicas dos ativos digitais com base em critérios como a dedicação da equipe do projeto, volume de negociação, estabilidade da rede, liquidez, comunicação pública e atividade de desenvolvimento, como explicado pela Binance.
Além dos desafios de lucratividade, ações regulatórias recentes contribuíram para as exclusões. A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) moveu ações judiciais contra Binance e Coinbase, classificando cerca de 19 tokens como valores mobiliários não registrados, o que levou muitas exchanges a pararem de negociar esses ativos para evitar problemas com a agência reguladora.
Na Europa, a aprovação do Regulamento dos Mercados de Criptoativos (MiCA) levou a Binance a remover o suporte a criptomoedas privadas em países como a Espanha e outros membros da União Europeia. Essas ações visam cumprir as exigências da nova lei e ilustram o impacto das regulamentações no mercado cripto.