O ato de praticar “HODLing” (acrônimo para hold, que em inglês significa guardar) com Bitcoin atingiu uma marca importante: já são mais de 10 milhões de Bitcoins que não são movimentados há mais de um ano, conforme mostra a reportagem da agência de notícias Coindesk.
Cerca de 10,7 milhões de Bitcoins não foram movidos em mais de 12 meses, de acordo com a Digital Assets Data, uma empresa de fintech que constrói feeds de dados de criptoativos.
Considerando que o número total de Bitcoins em circulação é de 18,14 milhões, isso também significa que quase 60% das criptomoedas permaneceram inativas e apenas 40% participaram da ação de preço vista em 2019. A porcentagem de Bitcoins “inativos” por mais de um ano é a mais alta desde o início de 2017.
“A quantidade de Bitcoins que não se movimentam é definitivamente um sinal da comunidade de HODLers em desenvolvimento”, disse Kadan Stadelmann, diretor de tecnologia da Komodo Platform.
A principal criptomoeda do mercado testemunhou variações de preço substanciais no ano passado, passando de US$3.693 para US$13.879 nos primeiros seis meses e caindo para US$7.179 em meados de dezembro. Assim, o preço do Bitcoin praticamente dobrou no ano passado, apesar da brutal liquidação no segundo semestre.
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Mesmo assim, um grande número de Bitcoins permaneceu parado, possivelmente porque os investidores esperam um aumento significativo de preço após o halving, previsto para maio. O processo, repetido a cada quatro anos, reduz pela metade as recompensas de bloco, a fim de manter a inflação da criptomoeda sob controle.
No entanto, se o mercado não atender às elevadas expectativas, algumas liquidações poderão ser vistas, disse Stadelmann. Nesse caso, a quantidade total de Bitcoins “adormecidos” cairia.
HODLers debaixo d’água
Outra forte razão para a crescente quantidade de Bitcoins “guardados” pode ser que uma parte considerável dos HODLers está ainda no prejuízo em comparação a quando entraram no mercado e por isso ainda mantêm seus investimentos.
“Muitos investidores ainda estão potencialmente debaixo d’água com o Bitcoin, que foi comprado a preços mais altos em 2017 e 2018”, disse Kevin Kaltenbacher, da Digital Assets Data.
Foram observados preços superiores à alta de 2019, de US$13.879, durante o comício de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018, e muitos investidores podem ter adquirido criptomoedas durante esse frenesi do mercado em alta.
No entanto, o fato de esses investidores não terem vendido seus Bitcoins indica que provavelmente estão apostando em perspectivas de crescimento a longo prazo.
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