Uma recente pesquisa revelou que cerca de US$400 milhões arrecadados em ofertas iniciais de moedas (ICOs, na sigla em inglês) foram perdidos ou roubados. Os fundos desviados representam mais de 10% do total arrecadado em projetos que fizeram parte do estudo.
Mais de 370 ICOs espalhadas por todo o mundo foram objeto de estudo da Ernst & Young (E & Y), uma das quatro maiores empresas de contabilidade do mundo. A multinacional pretendia explorar os “grandes riscos” do mercado de ofertas iniciais de moedas. Todas as ICOs que fizeram parte do estudo acumularam juntas o total de US$3,7 bilhões, sendo que um décimo desse valor desapareceu, parte devido a ataques hackers.
Tokens defeituosos, regulamentos poucos claros, atenção de hackers aumentada e redes congestionadas foram alguns temas mencionados entre os riscos apresentados pelo mercado de ofertas iniciais de moedas. De acordo com a Ernst & Young, o phishing é a técnica mais utilizada pelos hackers.
De acordo com o estudo, a capacidade de atingir os objetivos de arrecadação de fundos, no entanto, está em declínio. Apenas um quarto das ICOs atingiram seus objetivos em novembro do ano passado. 90% das ofertas iniciais de moedas foram bem sucedidas em junho de 2017.
Com mais de US$1,03 bilhão arrecadados em ICOs, os Estados Unidos é o líder entre os países pioneiros no modelo de negócio. A China (incluindo Hong Kong) está em segundo lugar com US$452 milhões e a Rússia em terceiro lugar com US$310 milhões.
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Mais de 70% das ICOs que fizeram parte do estudo utilizaram a plataforma Ethereum.
As ICOs atingiram seu pico durante 2017, quando centenas de milhões de dólares foram arrecadados através de diversas vendas de larga escala. Somente em dezembro, quando o preço do Bitcoin subiu consideravelmente, mais de US$1 bilhão foi coletado através das ofertas iniciais de moedas.
As dificuldades que algumas ICOs tiveram para atingir seus objetivos ocorreram devido à menor qualidade dos projetos e também por problemas de projetos anteriores, de acordo com Paul Brody, especialista em inovação e blockchain da E & Y. Na verdade, muitos dos projetos financiados por ofertas iniciais de moedas não precisam da implementação da tecnologia blockchain ou de criptomoedas, de acordo com a Ernst & Young.
Brody também mencionou erros de codificação e conflitos de interesse entre as empresas e seus investidores. Um estudo recente concluiu que a maioria das equipes que possuem ofertas iniciais de moedas não fornecem informações importantes aos compradores de tokens.