A maior empresa de empréstimos e serviços bancários da Rússia, o Sber (antes Sberbank), anunciou nesta semana que vai integrar a popular carteira de criptomoedas MetaMask em sua plataforma blockchain. A novidade foi anunciada no Primeiro Encontro Internacional de Participantes da Indústria Corporativa de Blockchain, organizado pelo Sber Blockchain Laboratory.
Na prática, essa integração vai permitir que os usuários do banco façam operações com tokens e contratos inteligentes baseados na rede do Sber, segundo o anúncio.
Blockchain do banco Sber
A plataforma em blockchain do banco, que está em desenvolvimento, é compatível com o Ethereum. Ela permite que os participantes emitam seus próprios tokens e criem contratos inteligentes.
“A plataforma Sber será tecnologicamente compatível com o maior ecossistema financeiro descentralizado do mundo, o Ethereum. Isso permitirá que os desenvolvedores possam transferir livremente contratos inteligentes e projetos inteiros entre a rede blockchain do banco e as redes blockchain abertas”, disse o banco no anúncio.
Ainda de acordo com o anúncio, os recursos recém-integrados permitirão mais exploração dos setores de blockchain e da Web 3.0 como um todo. Conforme destacou Alexander Nam, chefe do laboratório de blockchain do banco, o Sber Blockchain Lab trabalha em estreita colaboração com desenvolvedores externos e empresas parceiras.
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“E estou satisfeito com o fato de nossa comunidade poder executar aplicativos de finanças descentralizadas (DeFi) na infraestrutura da Sber”, disse ele.
Sber e ativos digitais
Ainda segundo o executivo, a nova integração permitirá que o Sber una desenvolvedores e instituições financeiras a fim de explorar usos comerciais mais aplicáveis de blockchain, Web3 e ativos descentralizados.
“Tenho certeza de que, devido ao rápido desenvolvimento da Web3, as plataformas que suportam vários protocolos blockchain se tornarão cada vez mais procuradas”, completou ele.
O Sberbank tem estado na vanguarda dos países que desenvolvem projetos de blockchain nos últimos anos. Conforme noticiou o CriptoFácil, em julho deste ano, o banco concluiu sua primeira transação envolvendo ativos digitais. De acordo com a agência de notícias Tass, a transação envolveu a soma de 1 bilhão de rublos, ou R$ 84 milhões na cotação do momento.
A transação em questão ocorreu quase quatro meses após o banco receber licença comercial de ativos financeiros digitais (DFA, na sigla em inglês). Em seguida, o banco criou uma subsidiária para este fim, a SberFactoring, a responsável pela operação. Com a licença, o banco garantiu aos usuários o uso da blockchain e de contratos inteligentes para negociar ativos digitais.