Nicolás Maduro, o presidente da Venezuela disse que a nação vai se esquivar do dólar americano e usar seu controverso Petro para as vendas de petróleo a partir do ano que vem.
De acordo com um relatório da rede de mídia estatal TeleSUR na última quinta-feira, 06 de dezembro, Maduro disse que a medida visa minimizar o domínio do dólar na indústria e diversificar o mercado global.
Maduro foi citado dizendo à imprensa:
“Em 2019, temos uma programação para [o petróleo] ser vendido em Petros e, desse modo, continuar a nos libertar de uma moeda que a elite de Washington usa.”
O presidente teria um plano financeiro de seis anos para usar o token para evitar o impacto das sanções lideradas pelos EUA sobre a economia da Venezuela. O anúncio do plano – que envolve a abertura de negociações de Petro com uma série de moedas – vem após uma reunião no início da última semana com o presidente russo Vladimir Putin, em Moscou.
Maduro acrescentou que a Rússia já está negociando petróleo e outros produtos em yuan chinês e que a Venezuela seguiria seu exemplo, “progressivamente” se movendo para vender todos os seus derivados de petróleo em Petros.
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No mês passado, Manuel Quevedo, ministro do Petróleo da Venezuela e presidente da petrolífera estatal PDVSA, anunciou que o país apresentará o Petro à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em 2019, como “principal criptomoeda apoiada pelo petróleo”.
O token foi lançado em uma pré-venda em fevereiro e Maduro mudou para integrá-lo na economia do país. No entanto, mesmo antes do lançamento, o congresso do país controlado pela oposição chamou o Petro de empréstimos ilegais contra as reservas de petróleo da nação.
A Venezuela começou a vender o Petro para cidadãos em outubro por meio de um portal do governo, dizendo que o token deve ser usado por aqueles que buscam obter passaportes. A nova moeda nacional da venezuelana, o bolívar soberano, também foi atrelada ao Petro em julho.